Renova iniciará operação de suas primeiras eólicas
A Renova Energia, braço de investimentos da Light e da Cemig no setor eólico, pretende colocar em operação até o início de julho seus primeiros 14 parques, num total de 293,6 MW de capacidade, em Caetité, na Bahia. Os empreendimentos demandaram R$ 1,2 bilhão de investimentos, do total de R$ 4,4 bilhões que a companhia planeja investir até 2015.
Segundo o novo diretor-presidente da empresa, Mathias Becker, oito parques já estão prontos. Outros seis estão com 70% das obras concluídas. Os projetos, porém, não fornecerão energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN) num primeiro momento, porque o sistema de transmissão que os conecta à rede ainda não foi concluído. O sistema, que pertence à Chesf, subsidiária da Eletrobras, deverá ficar pronto no segundo semestre.
Pelas regras do setor elétrico, contudo, a Renova Energia já receberá a partir de julho a remuneração pela produção de energia dos parques (de R$ 178,4 milhões ao ano), por ter concluído as obras. A empresa negociou 127 MW médios de energia dos projetos no primeiro leilão eólico, em 2009, pelo preço de R$ 160,39 por MWh (corrigido a valores atuais).
Ex-consultor e ex-sócio da McKinsey & Company, Becker assumiu este ano o comando da Renova, a partir da reestruturação da gestão da companhia. A mudança estava prevista no acordo de acionistas assinado em agosto de 2011, quando a Light investiu R$ 360 milhões na empresa e assumiu 25,8% do capital.
Com a alteração, os sócios-fundadores da Renova, Renato Amaral e Ricardo Delneri, controladores da RR Participações, que possui 35,8% do capital, passaram a integrar o conselho de administração. Outros sócios relevantes são os fundos Infrabrasil (17,9%), Fip Caixa Ambiental (7,20%) e Fip Santa Bárbara (6,5%), e o Santander (2,8%).
Responsável pelo desenho do novo modelo de governança da Renova, quando ainda era da McKinsey & Company, Becker acredita que o setor eólico brasileiro está passando por um processo de consolidação em que restarão poucos e grandes grupos investidores. A meta da empresa é ser um deles.
"Acreditamos que haverá apenas de cinco a sete 'players' no mercado de energia eólica no Brasil", afirmou o executivo. Segundo ele, a estratégia da CPFL Renováveis de adquirir pequenas empresas donas de projetos eólicos que já possuem contratos de venda de energia é um sinal claro dessa movimentação.
A Renova inscreveu 211 MW de potência em projetos eólicos para o próximo leilão de energia do tipo A-3 (com início de fornecimento de energia três anos após o leilão). A companhia possui ainda 8,7 mil MW de projetos em desenvolvimento, desde a fase de arrendamento de terras até a homologação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O montante supera a capacidade instalada da usina de Tucuruí, no Pará, de 8.370 MW.
A partir de agosto a empresa vai iniciar a construção de 15 parques eólicos, num total aproximado de 375 MW, que deverão entrar em operação em 2013 e 2014. O pedido de financiamento para os projetos, no valor de R$ 1 bilhão, foi enquadrado em abril pelo BNDES. A companhia também fornecerá 400 MW para a própria Light a partir de 2015.
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