Redução voluntária de emissão será fator de competitividade
A Unilever tem como meta que até 2020 sua emissão de gás carbônico (CO2) seja igual ou inferior aos níveis de 2008, ainda que aumentando significativamente o volume de produção. Na manufatura, por exemplo, há a utilização de caldeiras flex, que podem operar com gás natural ou biomassa, em substituição ao óleo diesel. Em logística, a empresa busca otimizar trajetos, para que caminhões circulem sempre carregados, e reduzir a freqüência de entregas quando possível. Já em produtos, os concentrados para lavagem de roupas permitem transportar maior volume de uma só vez. "Procuramos também engajar o consumidor para a mudança de hábito, pois só assim é possível atingir a cadeia completa", diz a diretora de assuntos corporativos, Juliana Nunes.
Primeira indústria de bebidas certificada para negociar créditos de carbono, a Ambev tem entre suas metas ambientais para 2012, a redução em 10% da emissão de gás carbônico em seu processo fabril. Para chegar a este resultado, a companhia prioriza o uso de biomassa, que já representa 27% da matriz energética da companhia, e de biogás captado de suas estações de tratamento de efluentes. A empresa aderiu também a um programa de compartilhamento de frota com outras fabricantes, iniciativa que permitiu a economia de 4,2 milhões de litros de diesel entre 2009 e 2011.
A têxtil Vicunha utiliza resíduos de castanheira e cacaueiro em suas fábricas no Nordeste, evitando a emissão de mais de 10 mil toneladas mensais de CO2.
Mais do que preservação do meio ambiente, todas os projetos vem na esteira das mudanças que devem ocorrer até 2020, quando poderá ser obrigatória a redução de emissões em todos os países, não só nos desenvolvidos. "A indústria brasileira deve se preparar, para não perder competitividade", diz o coordenador do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas, Guarany Osório. "Quem atua de forma voluntária, já na rota da economia de baixo carbono, vai estar na frente dos concorrentes".
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