Ramboll Brasil liderará o maior projeto de energia eólica offshore do País
Empreendimento será o primeiro do gênero no Brasil, que tem potencial para tornar-se líder mundial nessa fonte de energia
A Ramboll Brasil, uma das maiores consultorias ambientais do mundo, liderará o processo de gestão ambiental, em todas as fases do projeto, da implantação, até o descomissionamento, do empreendimento de energia eólica offshore Asa Branca, localizado no Ceará. A obra, que deverá começar em 2023, absorverá investimento de aproximadamente R$ 13 bilhões, sendo um fator relevante para a retomada da economia no período pós-pandemia.
De acordo com Eugenio Singer, presidente da Ramboll Brasil, a energia eólica offshore é o "pré-sal" das fontes renováveis e deverá adicionar um gigawatt por ano, até 2035, na geração de eletricidade. "O Brasil tem condições extremamente favoráveis, tanto no Nordeste quanto no Sul, para esse tipo de empreendimento. A magnitude desses projetos marítimos é expressiva e deverá levar o País, até 2030, à liderança mundial na geração de energia eólica mundial. Hoje, somos o oitavo produtor somente com a terrestre", explica Singer.
O Complexo Asa Branca será capaz de gerar 3,2 Terawatts-hora (TWh) por ano, ou 3,2 milhões de megawatts-hora (MWh) anuais, o suficiente para atender 1,3 milhão de pessoas ou uma cidade com 340 mil residências. Porém, para se alcançar esse objetivo será necessário o apoio dos poderes Executivo e Legislativo. "É preciso que o setor público crie condições e incentivos para que esse modelo de energia limpa possa ser adotado no Brasil, nos mesmos moldes de outros programas, como o Proálcool, para o etanol, e o PROINFA, para eólicas terrestres", explica Marcello Storrer, CEO da Usina Asa Branca. Vários investidores estão dialogando com os empresários do complexo para possibilitar e alavancar sua implantação.
Com o intuito de viabilizar o empreendimento, a Ramboll Brasil convidou mais duas empresas ambientais para compor um consórcio interdisciplinar destinado ao desenvolvimento de todo o projeto, que inclui também o disciplinamento e exploração do espaço marítimo, assim como toda a parte social. Essas empresas são a CEPEMAR, que já foi associada ao Grupo Suzano na CP+, e a Integratio.
Além de todas as vantagens econômicas que o Complexo Asa Branca proporcionará ao Nordeste brasileiro, o projeto abre espaço para uma nova realidade da matriz energética no País. "A capacidade geradora brasileira está saturada. Não temos mais rios capazes de gerar grandes volumes de eletricidade e as opções que restam são poluidoras", salienta Singer.
De acordo a Empresa de Pesquisa Energética, o Brasil tem potencial de gerar 1.700 gigawatts (GW) de energia eólica offshore, o que equivale a 11 vezes a capacidade de geração total instalada no País em 2020. "A condição da costa brasileira e a incidência de ventos, que são mais rápidos e unidirecionais, são ideais para esse tipo de investimento e empreendimento", explica Nelson Saldanha, CEO do Grupo Cepemar, especializado em monitoramento marítimo.
Por enquanto, o projeto terá como foco o Nordeste, mas todo o Brasil pode ser contemplado com esse nível de tecnologia. "Os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, bem como a Costa do Rio Grande do Sul, têm grande potencial", aponta Rolf Fuchs, presidente da Integratio, empresa especializada em mediação social e sustentabilidade.
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