Raízen quer transformar Piracicaba em "parque de bioenergia"
A unidade em Piracicaba será constituída de dois “módulos” de produção de biometano e terá capacidade para 26 milhões m3/ano de gás renovável.
Com a previsão de investimentos que deverão alcançar R$ 300 milhões, a Raízen começará a construir, com sua parceira Geo Biogás e Tech, uma planta de biometano feito de resíduos da produção de etanol em Piracicaba, no interior paulista. A planta da joint venture Raízen com Geo Biogás já tem clientes contratados. . A Yara, uma das maiores produtoras de fertilizantes do mundo, que usará o biometano para produzir hidrogênio e amônia “verdes”, conforme contrato fechado em setembro de 2021. Outro cliente é a Volkswagen, que utilizará o biometano em suas plantas no Brasil. A Raízen já havia anunciado uma parceria com a fabricante alemã de automóveis em outubro, que também envolvia a entrega de energia elétrica e o desenvolvimento de novas fórmulas de etanol. Com os dois clientes, toda a produção da nova planta de Piracicaba já está vendida.
A notícia foi divulgada no jornal O Valor com a entrevista de Ricardo Mussa, presidente da Raízen. Mussa afirmou, que com a construção de mais uma unidade produtiva no polo de Piracicaba, este agora é um “parque de bioenergia”, e não mais apenas uma usina de cana: “Tem planta de etanol celulósico, tem cogeração, tem biogás. É como se fosse uma biorrefinaria.”
A unidade em Piracicaba será constituída de dois “módulos” de produção de biometano e terá capacidade para 26 milhões m3/ano de gás renovável. A Yara receberá 20 mil metros cúbicos de biometano por dia, enquanto a Volkswagen absorverá 50 mil.
A vinhaça que será usada para produzir biometano já é utilizada como adubo orgânico nos canaviais que servem à Usina Costa Pinto, da Raízen. A escolha por Piracicaba para este projeto é simbólica (foi onde a Cosan iniciou sua história no setor sucroalcooleiro), mas prática, pois para garantir a entrega do biometano aos clientes, era preciso construir uma planta próxima à rede de distribuição de gás – no caso da Comgás.
É o segundo investimento industrial que a Raízen anuncia desde a abertura de capital – o primeiro foi em uma planta de etanol celulósico em Guariba (SP) .No plano apresentado aos investidores antes do IPO, a Raízen projetou 39 módulos industriais de biogás até a temporada 2030/31. A perspectiva é que as unidades sejam erguidas nas proximidades da rede de distribuição de gás, seja da Comgás ou da GásBrasiliano.
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