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Bioenergia

Qual a função da subestação?

Papel estratégico nos projetos eólicos. Entenda seu funcionamento!

Qual a função da subestação?

O papel da subestação (SE) é receber a energia gerada pelos aerogeradores, em um nível de tensão de 12 ou 34,5kV, e elevá-la a uma tensão compatível com a subestação do Sistema Interligado Nacional (SIN), que pode ser 69, 138, 230, 500 ou 525kV.É no coração da SE, nos transformadores de potência, que acontece a elevação da tensão entregue pelos aerogeradores para o nível de tensão da linha de transmissão. Já nos transformadores de corrente e potencial, é realizada a leitura das intensidades de corrente e tensão que circulam nos equipamentos da subestação, possibilitando o monitoramento e a detecção de possíveis falhas no sistema.Outros importantes equipamento para o funcionando da SE são o gerador de emergência e o transformador de serviços auxiliares, que possibilitam o fornecimento de energia elétrica em corrente alternada e alimentação das cargas da subestação. Retificadores e bancos de baterias, em contrapartida, garantem o fornecimento de energia elétrica em corrente contínua para alimentar as cargas essenciais da subestação. 

Para-raios, que protegem a subestação contra surtos de sobretensão e atmosféricos; disjuntores, que garantem a proteção e a manobra da subestação e de seus alimentadores; e chaves seccionadoras, que realizam a manobra e o isolação dos equipamentos elétricos, garantem a segurança da SE. A segurança é reforçada por sistema de Circuito Fechado de Televisão (CFTV) e um sistema de detecção e combate de incêndio.

Em algumas subestações, bancos de capacitores, que auxiliam a compensação reativa dos aerogeradores; reatores, que realizam a compensação reativa do sistema; e filtros harmônicos, que filtram as correntes harmônicas geradas pelos aerogeradores, complementam os equipamentos principais.

Responsáveis pela bom funcionamento da SE, operadores e mantenedores da Atlantic realizam atividades de manutenção dos parques eólicos, além de supervisionar a geração de energia em tempo integral. Essas atividades acontecem na casa de comando, composta por sala de painéis, de baterias, de operação e de manutenção, assim como instalações para o dia a dia dos profissionais.

Já na sala de painéis, estão instalados os medidores de alta pressão ou medidores de faturamento.  Esses instrumentos medem a produção de energia dos complexos e, através de um link de comunicação, transmitem os dados para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Com esse processo, é possível realizar a contabilização da energia produzida por cada parque eólico.

É nessa sala que chegam as informações analógicas e digitais emitidas pelos aerogeradores, transmitidas por cabos de controle e fibra óptica. Lá, as informações dos relés de proteção e controle são visualizadas no supervisório SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition), que  é controlado e monitorado em tempo real –  24 horas por dia, 7 dias por semana – no Centro de Operações da Atlantic, em Curitiba.

Subestações da Atlantic

O maior empreendimento da empresa, o Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar, localizado no Rio Grande do Sul, conta com quatro subestações interligadas através de linhas de transmissão em 138kV. Três delas são coletoras de 12/138kV; a quarta, é de conexão de 138/525kV, interligando com o Sistema Interligado Nacional (SIN). Nesta última, a Atlantic instalou um dos maiores transformadores de potência com potência de 275 MVA.

No Complexo Eólico Morrinhos, a energia é elevada em uma subestação de 34,5/230kV, com dois transformadores de 120MVA de potência. Ela interliga o complexo com o SIN, através do seccionamento com a LT 230kV Irecê – Senhor do Bonfim, na Bahia.

Já no mais recente complexo eólico da Atlantic, o Lagoa do Barro, a subestação é de 34,5/230kV, com dois transformadores de 120 MVA de potência. A empresa também foi responsável pela ampliação de uma subestação de 230kV, localizada em São João do Piauí, com 17.000 m² de área.