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Biomassa

Produção industrial de biopetróleo poderá funcionar em três anos, em Portugal

A primeira unidade no mundo de produção industrial de biopetróleo poderá estar a funcionar dentro de cerca de três anos, em Portugal

Produção industrial de biopetróleo poderá funcionar em três anos, em Portugal

Foto: Rep.Uol/ AFP-Jose JordanA primeira unidade no mundo de produção industrial de biopetróleo poderá estar a funcionar dentro de cerca de três anos, admitiu João Nunes, diretor do Campus de Tecnologia e Inovação BLC3, de Oliveira do Hospital.

A pré-candidatura a fundos comunitários do projeto de demonstração industrial de produção de biocombustível já foi aprovada pela Comissão Europeia, disse o diretor do BLC3, que falava num seminário sobre “O papel das entidades de interface na promoção do empreendedorismo e inovação”, integrado no MBA para executivos “Design your Path”, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, neste sábado.

A decisão sobre o financiamento europeu, no valor de 125 milhões de euros, está, no entanto, dependente da conclusão da segunda fase do projeto piloto (a primeira fase visou a produção de biocombustível), relacionada com “a conversão em substitutos dos derivados de petróleo”, adiantou João Nunes, à margem da sessão.

A entrada em funcionamento da unidade industrial permitirá a produção de 25 milhões de litros de biocombustível por ano, que representam a autonomia completa, em termos energéticos (incluindo os transportes) de uma região territorial com uma dimensão considerável, no caso formada pelos territórios dos concelhos de Oliveira do Hospital, Arganil, Góis e Tábua, no Norte interior do distrito de Coimbra (este território poderá vir a ser alargado ao município da Lousã).

Não menos importante é o fato de toda a matéria-prima necessária para a produção daquele volume de biocombustível (biomassas florestal, agrícola e domésticas) ser produzida no mesmo território, tornando-o, assim, auto-sustentável, sublinha João Nunes. “Estamos a criar o primeiro grande território do mundo com total autonomia energética”, sintetiza João Nunes. Além disso, “sem isto, o problema dos incêndios florestais não se resolve”, conclui.