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Biomassa

Pellets: alternativa para aquecimento de aviários

Artigo

*Por Selmo Rogerio Fiorese

Da necessidade do aumento de produção de alimentos para a humanidade sempre surgem idéias novas que vem auxiliar na melhoria dos processos. Da mesma forma que em outros segmentos, a avicultura está carente de mão de obra, onde as vezes é de baixa qualidade ou escassa, e o pior, custa caro. Em termos de automatização, a maioria dos trabalhos já é feita por máquinas, e caminha de tal forma que tudo vai independer da mão do homem para o trabalho pesado, onde apenas a supervisão e trabalhos mais leves serão necessários. Dentre os sistemas de aquecimento existem alguns manuais e outros automáticos. A lenha na maioria das regiões avícolas é o principal combustível usado no aquecimento das granjas e é também o mais trabalhoso.

Alternativas como o gás e o diesel existem no mercado, porém seu custo na maioria dos casos é extremamente elevado. Recentemente desenvolveu-se aquecedores a pellet de madeira com alta eficiência, onde além da redução de custos, há também redução do uso de trabalho braçal. Isso não quer dizer que o avicultor ou funcionário tenha que levantar a noite para verificar a condição das aves, mas será uma vistoria rápida, sem se sujar e em espaços de tempo bem maiores.

No caso de aquecimento a lenha há necessidade de estar abastecendo as máquinas em freqüência de cada 2-3 horas em dias muito frios. Do contrário haverá déficit de calor para as aves e perdas elevadas no desempenho zootécnico dos lotes, como desidratação, perda de peso, desuniformidade e até mesmo mortalidade por asfixia devido ao fato das aves amontoarem-se buscando se aquecerem umas nas outras. No caso dos aquecedores a pellet, a matéria prima usada como combustível continua sendo a madeira, porém, com natureza física que permite a automatização. A máquina tem autonomia de 10 a 12 horas o que significa que atravessa uma noite sem precisar reabastecimento.

Tal redução do uso de mão de obra possibilita aumento da escala de produção, redistribuição das tarefas, tempo maior para dar atenção requerida as aves, cuidado com limpeza e organização das instalações e arredores entre outros. Também se reduz o índice de ocorrência dos problemas ergonômicos. O espaço de armazenamento também é reduzido, onde é estocado 12 m³ de lenha, com apenas 1 tonelada do pellet tem-se a mesma quantidade de calor produzida, sem cascas, sem insetos, sem sujeira…

Outro fator positivo é a uniformidade da temperatura devido ao fato que o produto vem padronizado. A resposta rápida de temperatura fornecida pelo aquecedor se dá pelo fato da chama incidente na máquina ser imediata, o que não acontece com a lenha. Como o produto tem teor de umidade super baixo não há emissão de fumaça e a quantidade de cinza resultante é muito pequena.

A vida útil da máquina é muito superior se comparada com as máquinas a lenha, pois não tem como queimar lenha verde, muito grossa ou deixar brasa estocada, o que danifica o equipamento. Como o volume de cinza é baixo não há necessidade de limpeza constante, somente uma por lote.

É uma solução viável, prática e amiga do meio ambiente para os sistemas de aquecimento. O índice de satisfação dos produtores que adotaram o sistema é altíssimo.

*Selmo Rogerio Fiorese é engenheiro Agrônomo da Vosser([email protected])
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