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Energia solar

Pedranópolis, no noroeste de São Paulo, terá complexo de energia solar

Projeto vai abastecer 125 mil residências

Pedranópolis, no noroeste de São Paulo, terá complexo de energia solar

Com financiamento de R$ 191 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a empresa espanhola Powertis S.A. vai construir três usinas fotovoltaicas, com capacidade instalada de 90 megawatts (MW) de energia, no município de Pedranópolis (SP).

O complexo fotovoltaico produzirá energia renovável para abastecimento de 125 mil residências. As obras deverão gerar cerca de 1,4 mil empregos, informou o BNDES, por meio de sua assessoria de imprensa. O complexo tem entrada em operação prevista para dezembro de 2021.

O projeto utiliza energia vinda do sol e é, portanto, fonte limpa e renovável, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, por meio da redução das emissões de gases poluentes na atmosfera, a energia fotovoltaica auxilia na economia de energia elétrica para o consumidor. O infográfico Absolar, atualizado no último dia 24 de novembro, revela que, desde 2012, o Brasil registra mais de 7 gigawatts (GW) de energia solar operacionais, contabilizando mais de 1,1 milhão de toneladas de gás carbônico (CO²) evitadas. O setor envolve mais de R$ 35,4 bilhões em novos investimentos privados.

Araxá

A Powertis pertence ao grupo Soltec Brasil – Indústria, Comércio e Serviços de Energia Renováveis Ltda. De acordo com o BNDES, esse é o segundo financiamento aprovado pela instituição à empresa para projetos de geração solar. Em outubro passado, o banco aprovou crédito para a construção do Complexo Fotovoltaico Araxá (MG), no valor de R$ 194 milhões.

Segundo a superintendente da Área de Energia do BNDES, Carla Primavera, a aprovação desse novo financiamento para o Complexo Fotovoltaico Pedranópolis, “traduz o compromisso do BNDES com o desenvolvimento de fontes de energia limpas e renováveis”.

Carla informou que o financiamento do banco para a implantação de usinas de geração solar está alinhado ao Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas (PNMC) que visa à redução das emissões de gases de efeito estufa. O plano prevê manter elevada a participação de energia renovável na matriz elétrica brasileira.

Ranking

A energia fotovoltaica participa com 1,6% da matriz elétrica nacional. De acordo com a Absolar, o ranking estadual de geração distribuída de energia solar é liderado por Minas Gerais, cuja participação na potência instalada atinge 19,5%. A cidade mineira de Uberlândia lidera, por sua vez, o ranking municipal, com 1,2%. No ranking mundial de energia solar, o Brasil evoluiu da 26ª posição, em 2017, para a 16ª, no ano passado. Os três primeiros lugares, pela ordem, são ocupados pela China, os Estados Unidos e o Japão.

Carteira

A assessoria de imprensa do BNDES informou que, até o ano passado, o banco havia contratado cinco projetos solares, totalizando 499 MW, no valor de R$ 1,79 bilhão e viabilizando investimento de R$ 2,84 bilhões. Neste ano de 2020, foram aprovados três novos projetos solares, somando 595 MW. O valor contratado foi de R$ 1,29 bilhão, com geração de investimentos de R$ 1,89 bilhão. As usinas fotovoltaicas financiadas pelo BNDES encontram-se nas regiões Nordeste e Sudeste, nos estados da Bahia, do Rio Grande do Norte, de São Paulo e Minas Gerais.