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Projeto

MCTIC, Unido, Itaipu e CIBiogás se unem para desenvolver a cadeia do biogás

O projeto possui o objetivo de desenvolver a Cadeia de Valor do Biogás e Biometano, além de contribuir com a destinação adequada aos efluentes da agropecuária. 

MCTIC, Unido, Itaipu e CIBiogás se unem para desenvolver a cadeia do biogás

Representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), da Assessoria de Energias Renováveis de Itaipu, e do Centro Internacional de Energias Renováveis e Biogás (CIBiogás), estiveram reunidos estrategicamente na semana retrasada, em Foz do Iguaçu, nas dependências da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), para debater o projeto “Aplicações do Biogás na Agroindústria Brasileira”, financiado pelo Fundo Global pelo Meio Ambiente (GEF – Global Environmental Facility).

O projeto possui o objetivo de desenvolver a Cadeia de Valor do Biogás e Biometano, além de contribuir com a destinação adequada aos efluentes da agropecuária. A meta é reduzir 535 mil toneladas de gás carbônico, suprimindo a emissão dos gases de efeito estufa, promovendo a utilização do biogás como matéria-prima renovável no lugar dos combustíveis fósseis, tal como a gasolina, o óleo diesel, o gás natural e o carvão mineral.

Além das vantagens ambientais, os proprietários e os moradores das áreas rurais terão acesso à uma distribuição energética mais segura e estável. O encontro proporcionou o alinhamento tático entre as instituições para que a expansão dos projetos relacionados ao biogás seja implementada no sul do país, ampliando a competitividade do agronegócio nacional.

Um dos resultados das reuniões foi o acordo entre as instituições presentes, chancelado pela Agência ONU, que o GEF investirá US$ 7 milhões, distribuídos ao longo dos cinco anos previstos para planejamento, execução e implementação de ações relacionadas ao projeto de aplicação do biogás no Brasil. Para 2019, a parcela liberada foi de US$ 1milhão.

Representantes do Sebrae dos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, participaram do cronograma de atividades para conhecer alguns dos modelos de negócio relacionados ao biogás, até então desenvolvidos na região Oeste do Paraná, entre eles a Cerâmica Stein, que utiliza o biogás como fonte energética, a Unidade de Demonstração de Biogás e Biometano de Itaipu, e a “Mini Central Termelétrica do Projeto de P&D Copel em Entre Rios do Oeste”.

Por meio de uma solicitação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a Copel realizou o investimento de R$19 milhões na implementação da Mini Central Termelétrica no município de Entre Rios do Oeste. Com uma estimativa de 4.500 habitantes, a região comporta aproximadamente 150 mil suínos. Os dejetos provenientes da suinocultura causam problemas de saneamento e desconforto na população, mas, de acordo com o prefeito em exercício, Ari Maldner, esta é a principal atividade econômica da cidade.

Com a construção da Mini Central, o município receberá o tratamento de 215 toneladas por dia de dejetos, de 17 propriedades rurais, com previsão de capacidade produção de 4.600m3/dia de biogás, gerando energia equivalente a 250 MWh.mês, com 480kW de potência instalada. Energia suficiente para abastecer todos os prédios da Prefeitura e ainda resultar em um excedente energético de 58% em relação ao consumo médio de 158MWh.mês.

Financiado pela Copel e executado pelo CIBiogás e FPTI, o município cedeu o terreno, maquinário, terraplenagem, e os produtores rurais investiram na instalação de biodigestores nas respectivas propriedades.