Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Economia

Mapa economizou R$ 69,39 mi em despesas operacionais no 1º semestre

Ministra diz que esses recursos serão destinados à área de defesa agropecuária.

Mapa economizou R$ 69,39 mi em despesas operacionais no 1º semestre

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apresentou à imprensa nesta segunda-feira (27) balanço sobre os primeiros seis meses de sua gestão. Neste período, a pasta economizou R$ 69,39 milhões em despesas operacionais, como água, luz, diárias, passagens e contratos de terceirização.

Kátia Abreu afirmou que os recursos economizados pelo Mapa serão investidos na área de defesa agropecuária, tema que a ministra elegeu como prioritário de sua gestão.

“A defesa agropecuária é o sentido principal deste ministério existir. É a defesa que garante qualidade, dá condições para as exportações e para o mercado interno e dita as normas e regras para a maior agricultura tropical do planeta continuar produzindo com qualidade e competitividade”, destacou a ministra.

Seguro agrícola

Questionada pelos jornalistas, a ministra revelou que a pasta estuda um novo modelo de seguro agrícola que procura oferecer maior transparência aos produtores na hora de negociar com os bancos. Essa nova modalidade, que ainda estar sendo estudada, não será obrigatória.

No formato estudado pela pasta, o produtor poderá ter vantagens na hora da contratação do seguro porque federações de agricultura, cooperativas e associações do agronegócio poderão negociar o valor das subvenções em nome de um grupo de agricultores.

“O novo modelo, porém, é totalmente voluntário. Então, as entidades que não se acham capazes de participar, não participam”, explicou a ministra.

“As seguradoras reclamam de falta de transparência. De fato, este é um defeito nosso, o setor agropecuário não tem um cadastro único. Queremos que o principal interessado, que é o produtor, participe da decisão”, assinalou Kátia Abreu.

Lei Plurianual Agrícola

Kátia Abreu destacou a elaboração de uma Lei Plurianual Agrícola (LPA), que está sendo elaborada por um grupo de economistas renomados. A nova legislação, que teria duração de quatro a cinco anos, dará mais “transparência e previsibilidade” ao setor, segundo a ministra.

“A Lei Plurianual Agrícola é mais segura e estável do que a Plano Plurianual (PPA), porque dificilmente sofrerá modificações ao longo do ano”, ressaltou a ministra.

Exportações

Kátia Abreu destacou a importância de um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. O governo brasileiro, acrescentou, pretende ampliar a oferta de produtos para o bloco europeu, a fim de viabilizar o acordo. “Estou super otimista.”

Ela afirmou que o Brasil vai se empenhar para ampliar suas exportações “a qualquer mercado”, independentemente do tamanho. “Trabalhamos duro para abrir o mercado de carnes para Myanmar, por exemplo, e vamos atrás de novos. Temos que ter volume de produto para compensar as perdas com a queda dos preços as commodities.”

Segundo dados apresentados pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, os principais mercados abertos no primeiro semestre de 2015 têm potencial de incrementar em US$ 1,4 bilhão por ano as exportações brasileiras.

Adidos agrícolas

Ainda com o objetivo de ampliar as exportações de produtos agropecuários brasileiros, o Mapa pretende aumentar os postos de adidos agrícolas em outros cinco países: Cingapura, Coreia do Sul, Índia, Abu Dhabi e Panamá.

Em maio deste ano, o Mapa enviou sete adidos agrícolas a mercados considerados prioritários, totalizando oito profissionais à serviço do ministério do exterior: Bélgica, Argentina, Suíça, China, Estados Unidos, África do Sul, Rússia e União Europeia.

Embrapa

A ministra destacou o papel da Embrapa na aliança nacional para inovação tecnológica agropecuária, que está sendo montada pela empresa e pelo Mapa. A pasta poderá vender uma parte do seu patrimônio, como prédios que não estão sendo bem aproveitados, a fim de viabilizar recursos para a aliança.

“Esta é uma das opções”, afirmou a ministra. “Estamos estudando várias formas de financiar a pesquisa sem ficar para trás na corrida mundial por pesquisa e tecnologia”, completou.