A Klabin viu seu lucro líquido triplicar no primeiro trimestre, comparado a um ano atrás, beneficiado pela maior variação do valor justo dos ativos biológicos.
A maior fabricante do país de papéis para embalagens lucrou R$ 458,5 milhões, o que representou alta de 227% na comparação anual. O efeito da variação do valor dos ativos biológicos foi positivo em R$ 434,6 milhões, devido, principalmente, à redução do custo médio ponderado de capital da companhia usado no cálculo. Um ano antes, essa variação havia sido positiva em R$ 107,8 milhões.
Considerando-se a exaustão do valor dos ativos biológicos no custo dos produtos vendidos, de R$ 45 milhões, o efeito da variação foi positivo em cerca de R$ 390 milhões. A variação reflete expansão das áreas plantadas mais a alteração no preço de mercado da madeira, bem como o novo valor atribuído às terras e à estimativa de vida útil de máquinas e equipamentos, sobre o resultado operacional antes de juros e impostos.
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O desempenho na linha financeira foi outro fator que contribuiu para a forte melhora do resultado. No trimestre, a companhia registrou receitas financeiras líquidas de R$ 54,12 milhões, ante R$ 24,78 milhões positivos em igual período anterior, impulsionadas pelas variações cambiais líquidas.
De janeiro a março, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 25% frente ao apurado um ano antes, para R$ 311 milhões. Já a receita líquida da companhia apresentou ligeira variação positiva, de 1%, para R$ 969 milhões. Dessa forma, a margem Ebitda da Klabin no primeiro trimestre ficou em 32%, superior aos 26% de um ano antes.
Apesar do aumento na receita, a Klabin teve recuo de 4% no seu volume de vendas, sem incluir madeira, totalizando 420 mil toneladas. Esse efeito foi mais do que compensado pela estratégia da empresa de ampliar a comercialização de seus produtos no mercado interno, de 61% do total das vendas no ano passado para 65% no começo deste ano. Aqui, a empresa obtém margens melhores.
Os investimentos da Klabin somaram R$ 94 milhões, sendo 45% na operação industrial, 30% em projetos para aumento de capacidade e redução de custos e 21% na área florestal. Na comparação com o valor aplicado no mesmo trimestre de 2011, houve queda de 19%.
