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Meio Ambiente

JBS, Cargill e Tyson emitiram mais gases de efeito estufa do que toda a França, diz pesquisa

Emissão de gases se aproxima de algumas das maiores companhias de petróleo, como Exxon, BP e Shell

In this photo made Wednesday, Oct. 28, 2009, a Tyson Foods, Inc., truck is parked at a food warehouse in Little Rock, Ark. Tyson Foods, the world’s largest meat producer, said Monday, Nov. 23, 2009, it lost money in its fiscal fourth quarter primarily on a hefty goodwill impairment charge.(AP Photo/Danny Johnston)
In this photo made Wednesday, Oct. 28, 2009, a Tyson Foods, Inc., truck is parked at a food warehouse in Little Rock, Ark. Tyson Foods, the world’s largest meat producer, said Monday, Nov. 23, 2009, it lost money in its fiscal fourth quarter primarily on a hefty goodwill impairment charge.(AP Photo/Danny Johnston)

De acordo com novas pesquisas de três ONGs, que estão sendo lançadas junto com o início das principais negociações climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) em Bonn, Alemanha, três empresas de carne – JBS, Cargill e Tyson – emitiram mais gases de efeito estufa no ano passado do que toda a França.

Segundo informações do relatório, a emissão de gases se aproxima de algumas das maiores companhias de petróleo, como Exxon, BP e Shell. A pesquisa usa as emissões corporativas estimadas do gado, usando a metodologia mais abrangente criada até o momento pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

As conclusões do estudo apontam que apenas 20 empresas de carne e lácteos emitiram mais gases com efeito de estufa em 2016 do que toda a Alemanha, que é de longe o maior poluidor do clima da Europa. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (06/11) se essas empresas fossem um país, seriam o 7º maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, e o setor como um todo é responsável por 15% das emissões totais, empurrando-o acima do transporte.

A pesquisa mostra que as cinco principais empresas de carne e lácteos, incluindo a Cargill e o Grupo Fonterra, emitem mais do que a Exxon. “Mas poucas empresas de carnes e laticínios calculam ou publicam suas emissões e estão usando técnicas de lobby para retardar a ação climática efetiva e pressionar por um maior controle do mercado”, aponta.

Os autores observam que em 2060, o crescimento da produção de carne e lácteos, impulsionado em grande parte por essas empresas e pelo sistema alimentar industrial que representam, poderá ocupar todo o orçamento de emissões globais sob o cenário de aumento de 1,5 grau visado pelo Acordo de Paris.

Os dados podem ser acessados AQUI