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Bioenergia

Instalações solares devem ultrapassar eólicas, pela primeira vez, em 2013

Estudo da Bloomberg New Energy Finance vê crescimento em patamares semelhantes até 2030.

Instalações solares devem ultrapassar eólicas, pela primeira vez, em 2013

A adição de capacidade instalada fotovoltaica deverá superar a eólica pela primeira vez, em âmbito global, aponta a Bloomberg New Energy Finance (BNEF). A previsão é 36,7GW de novas instalações fotovoltaicas ante 35,5GW eólicos – sendo 33,8GW onshore e 1,7GW offshore.

Em 2012, a fonte eólica adicionou 46,66GW ante 30,5GW fotovoltaicos – montantes recordes, em ambos os casos. Mas em 2013, a retração de dois importantes mercados eólicos, Estados Unidos e China, abriu caminho para um rápido crescimento do mercado fotovoltaico.

“A redução drástica no preço de fotovoltaica, aliada a novas políticas de incentivo no Japão e China estão possibilitando um forte crescimento em termos de volume”, disse Jenny Chase, analista-chefe de solar da Bloomberg News Energy Finance. “A Europa é um mercado em decadência porque muitos países estão acabando com os incentivos, mas continuaremos a ver a implantação de novos projetos fotovoltaicos”, afirmou.

Para Justin Wu, analista-chefe de eólica, as instalações de eólicas vão ser reduzidas aos menores níveis desde 2008, refletindo desacelerações nos mercados da China e Estados Unidos, causadas por incertezas políticas. Contudo, as quedas nos custos  tecnológicos, a abertura de novos mercados e o crescimento da offshore asseguram à fonte eólica uma posição de liderança na indústria de renováveis”, disse.

Apesar da troca de posições, o amadurecimento dos setores eólicos onshore e do fotovoltaico deve fazer com que os dois setores adicionem capacidades em níveis semelhantes até 2030. A fonte eólica deve crescer de 5%, em 2012, para 17% da matriz, em 2030. Na mesma base de comparação, a solar deverá passar de 2% para 16%.

A BNEF prevê que após alguns anos de oferta excessiva, a cadeia produtiva dos dois segmentos deverão voltar a registrar lucro em 2013. “Corte de custos e a reorientação para mercados e segmentos lucrativos reforçou a performance financeira da indústria de aerogeradores e a sobrevivência para fabricantes solares. Os investidores notaram essas mudanças e as ações das empresas de renováveis apresentaram ganhos de 66% desde a baixa de 2012”, disse Michel Liebreich, CEO da Bloomberg New Energy Finance.