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Grupo Cosan deverá reduzir posição de hedge

Moagem de cana da Raízen Energia está estimada em 58 milhões de toneladas para a safra 2012/13. No ciclo passado, a moagem ficou em 53 milhões de toneladas.

Grupo Cosan deverá reduzir posição de hedge

O grupo Cosan deverá reduzir sua posição de hedge em commodities. Segundo Marcos Lutz, presidente do grupo, a estratégia da empresa deverá ser de “menor exposição ao hedge”. Até o dia 31 de dezembro, a Raízen, resultado da joint venture entre Cosan e Shell, tinha 27% de açúcar da futura safra “protegido”. No mesmo período do ano anterior, o dobro desse volume estava com hedge.

Segundo Lutz, a estratégia anterior da companhia era garantir um fluxo de caixa maior com maior proteção. Atualmente o grupo não tem essa necessidade.

Lutz voltou a estimar uma moagem de 58 milhões de toneladas de cana para a safra 2012/13 (dados preliminares). No ciclo passado, a moagem ficou em 53 milhões de toneladas. O ciclo 2011/12 foi afetado por problemas climáticos, limitando o esmagamento de matéria-prima das usinas instaladas no Centro-Sul do país.

Em seu relatório de resultado, divulgado ontem, a companhia reportou receita líquida consolidada de R$ 6,3 bilhões no terceiro trimestre do ano 2011/12, aumento de 34% sobre o mesmo período do ano anterior. O lucro líquido subiu 142%, passando de R$ 38,7 milhões para R$ 93,8 milhões.

No consolidado dos nove meses, a receita ficou em R$ 18,3 bilhões, com alta de 36% sobre igual período do ano anterior. O lucro líquido ficou em 2,5 bilhões, 745% maior sobre os nove meses do ano-safra 2010/11. A Raízen Combustíveis responde por mais de 60% da receita da companhia.

Os bons resultados refletem as sinergias com a formação da Raízen, constituída em 1º de julho de 2011, e os esforços da companhia na integração de suas unidades de negócios. “A diversificação de portfólio trouxe beneficio para o negocio. O terceiro trimestre é sempre desafiador porque o período é incertezas por conta da entressafra nos negócios de açúcar e etanol”, disse Marcelo Martins, vice-presidente de finanças e relações com investidores do grupo.

Um melhor “mix” de produtos vendidos e a alta no preço dos combustíveis puxaram os resultados da Raízen Combustível no terceiro trimestre. O bom desempenho foi impulsionado, sobretudo, pelo aumento em 24,7% nas vendas de gasolina. A quebra da safra de etanol estimulou a comercialização de gasolina.

No terceiro trimestre, a dívida bruta consolidada da Cosan atingiu R$ 4,8 bilhões. A dívida bruta da Raízen, que é proporcionalmente consolidada em 50% pela Cosan, totalizou R$ 5,9 bilhões até 31 de dezembro de 2011, redução de 3,3% em relação a 30 de setembro de 2011.

A Raízen possui um recebível do acionista Shell de US$ 1,1 bilhão, com vencimentos no primeiro e segundo aniversários da sua formação, 1 de junho de 2012 e 1 de junho de 2013, respectivamente.