Geopolítica do alimento e da energia - por Luiz Carlos Corrêa Carvalho
O agronegócio brasileiro tem pela frente enormes desafios. Além de sustentar a posição já consolidada de importante produtor mundial de alimentos, precisa também agora liderar o fornecimento de combustíveis renováveis, área na qual igualmente tornou-se referência mundial. Resumindo: se já é o chamado “celeiro” do mundo, o Brasil agora tem de ser também a sua “usina” de energia. Cálculos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) indicam que até 2050, a oferta de alimentos terá de crescer 60% para dar conta do aumento da demanda. Cerca de 40% desse montante adicional deverá ser produzido em território nacional, de acordo com o estudo. Na mesma linha, projeções de demanda de energia assinalam a necessidade, segundo estudos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômi...co (OCDE), de se descobrir o equivalente a mais quatro Arábias Sauditas em termos de combustíveis nos próximos 20 anos – adicionar mais 40 milhões de barris à atual produção diária mundial – para dar conta da necessidade energética do planeta. Em razão de nosso pioneirismo na pesquisa, desenvolvimento e produção de combustíveis à base de insumos renováveis, novamente o País pode liderar esse processo em nível global.
Nós, da cadeia do agronegócio, entendemos que será perfeitamente possível o País assumir esse papel de principal provedor mundial na área de energia a base de biomassa, exatamente por já termos acumulado experiência na produção de grãos e de proteína. Para reforçar tal posição, necessitamos sensibilizar a sociedade e o governo para aprimorar, legal e institucionalmente, de forma a aperfeiçoar, o sistema produtivo de alimentos e de energias sustentáveis e, assim, atender à crescente demanda global. Foi exatamente para estimular o debate e aprofundar questões-chave, como segurança alimentar e energética, que nós da Abag decidimos propor esses temas como pauta principal do 11º Congresso Brasileiro do Agronegócio, que promoveremos dia 6 de agosto, em São Paulo.
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Luiz Carlos Corrêa Carvalho, Presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).
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