Floresta plantada: Minas quer consolidar liderança do setor
A indústria de celulose em Minas Gerais deverá responder por R$ 3,2 bilhões do PIB do agronegócio estadual em 2011. É o que indica o último levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP. Já os últimos dados oficiais sobre a evolução da área das florestas plantadas do Estado, de 2010, mostram crescimento de 6,25% em relação ao ano anterior, alcançando cerca de 1,5 milhão de hectares.
"Esses números reforçam a liderança do Estado no ranking do reflorestamento no país, à frente de São Paulo, que tem 1,2 milhão de hectares destinados à atividade, diz o subsecretário do Agronegócio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Baldonedo Arthur Napoleão.
Ele ressalta a crescente participação do setor de produção de floresta no desenvolvimento econômico de Minas Gerais e acrescenta que a perspectiva é de aumento da participação da atividade na geração de riqueza no Estado.
Com o objetivo de fortalecer a produção de floresta no Estado, a Secretaria da Agricultura criou a Câmara Técnica de Silvicultura. O fórum, que reúne representantes dos segmentos da cadeia, instituições de pesquisa e órgãos do governo com atuação ligada à atividade, vai ajudar na formulação de propostas para o setor. Durante a reunião de posse dos integrantes da câmara, realizada nesta terça-feira (20) na Secretaria da Agricultura, em Belo Horizonte, foi indicado como coordenador o empresário Bruno Melo Lima, presidente da Associação Mineira de Silvicultura (AMS).
O secretário de Agricultura, Elmiro Nascimento, disse que o governo de Minas considera o setor de produção de florestas tão importante e merecedor de atenção quanto os demais do agronegócio. "Por isso, todos os segmentos da atividade terão apoio, intenção que se confirma com a criação desta câmara técnica", enfatizou.
Nascimento declarou também que, na linha de estímulo ao desenvolvimento da produção de florestas em Minas, a Secretaria da Agricultura pretende fazer a sua parte para a adesão dos produtores ao Programa ABC - Agricultura de baixo carbono, que entre outras propostas estimula as práticas de cultivo com redução dos gases de efeito estufa, e neste caso se enquadra a produção de florestas de eucalipto e pinus.
Importância estratégica - Com base em dados da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), a Subsecretaria do Agronegócio informa que os plantios de eucalipto em Minas Gerais alcançam atualmente 1,4 milhão de hectares. Já o cultivo de pínus se estende por 136,3 mil hectares. A produção de florestas tem importância estratégica na economia do agronegócio estadual com destaque para a oferta de matéria-prima que, transformada em carvão, alimenta os fornos das siderúrgicas.
Em 2010 foram destinados 18,2 milhões de mdc (metros cúbicos de carvão) para essa finalidade, ou seja, 72,35% do insumo utilizado pelas indústrias empresas mineiras procedem da biomassa florestal.
Já o "Inventário Florestal", realizado pela Universidade Federal de Lavras (Ufla) e Instituto Estadual de Florestas, mostra que o plantio de florestas alcançava 395 municípios mineiros em 2003. Seis anos depois a área com florestas plantadas no Estado já apresentava crescimento de 38,2%, uma expansão que, segundo a Subsecretaria, garante a perspectiva de aumento crescente da oferta de matéria prima para consumo interno e também para a exportação.
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