Expansão de energia eólica e solar no Nordeste precisará de R$ 18,2 bilhões
A maior parte das obras deve ser licitada em 2023
A expansão da geração de energia eólica e solar no sul da região Nordeste demandará investimentos de 18,2 bilhões de reais em novas instalações para escoamento de energia para outras localidades do país, segundo estudos apresentados nesta quarta-feira pelo Ministério de Minas e Energia e a Empresa de Pesquisa Energética.
As obras para reforço da transmissão são recomendadas para o médio prazo, e a previsão é que a maior parte seja licitada em 2023, disse um representante do governo.
Os empreendimentos avaliados fazem parte de um primeiro estudo da EPE para iniciar um novo ciclo de expansão da transmissão de energia no Nordeste.
Os 18,2 bilhões de reais apresentados se referem apenas a obras no sul da região, conectando Bahia e Sergipe com o norte de Minas Gerais e Espírito Santo.
Numa primeira etapa, o governo estimou a necessidade de 11,6 bilhões de reais em novas instalações de transmissão no sul do Nordeste, usando como base o ano de 2028. Nesse conjunto de obras, estão contemplados 4.400 quilômetros de novas linhas e três subestações, além de expansões na rede já existente.
Parte dessas obras já está incluída em lotes que serão oferecidos ao mercado no próximo leilão de transmissão, previsto para o primeiro semestre de 2022, segundo Paulo Cesar Domingues, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia.
Já numa segunda fase, para o ano de 2030, o governo prevê mais 6,6 bilhões de reais em investimentos, em 2.100 quilômetros de novas linhas e uma nova subestação para o sul do Nordeste.
"Essas obras, nossa previsão é de que sejam incluídas no leilão 01 de 2023, após a conclusão de todos os relatórios", disse Domingues, durante evento de apresentação do estudo.
Também presente no evento, o presidente da EPE, Thiago Barral, destacou o forte crescimento da geração renovável no país.
"Até março deste ano, a EPE vai entregar o desenho da expansão de um novo ciclo de infraestrutura de transmissão, sobretudo para integração de renováveis", disse, destacando que as obras são de médio prazo.
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