Entenda o que é a bioeconomia, que pode impulsionar o agro brasileiro
Modelo se diferencia em dois aspectos: preocupação com a sustentabilidade e a economia circular
Por Anderson Oliveira
Um modelo de produção sustentável e que agrega inovação e meio ambiente. A bioeconomia ainda está em construção, mas já é capaz de trazer impactos importantes na economia. Uma estimativa do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aponta que, em 2016, o segmento foi capaz de gerar mais de US$ 326,1 bilhões em receitas. Desse montante, cerca de US$ 40,2 bilhões foram exportados. Mais da metade desse valor vem da agropecuária. Os dados são trazidos por Laura Barcellos Antoniazzi, pesquisadora e sócia da consultoria Agroicone.
A ideia em todo o mundo é ampliar a participação da bioeconomia na economia geral. De acordo com o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), alguns países estão direcionando suas ações nesta área para as estratégias de substituições de recursos fósseis e não renováveis. No Brasil, segundo ele, quando se fala de bioeconomia, a melhor definição no momento é o uso sustentável da biodiversidade para geração de renda.
Existem no Brasil cerca de quatro milhões de estabelecimentos familiares, segundo o Censo Agropecuário 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e todos eles se utilizam, de alguma maneira, dos recursos da biodiversidade como negócio ou subsistência. “O açaí, por exemplo, consumido abundantemente no Brasil e exportado para vários países do mundo, é um produto da nossa biodiversidade, como também são os óleos essenciais da Amazônia, o cacau, as castanhas brasileiras, o pinhão, a erva-mate e outros”, conta Schwanke.
Laura Antoniazzi aponta que existem muitos setores dentro da bioeconomia, e grande parte deles está relacionado à agricultura, florestas ou agroextrativismo em diferentes vegetações e regiões. “Porém, bioeconomia também abrange biotecnologia, biofábricas de fungos e bactérias, tratamento de resíduos, design e construção com mimetismo, e muitos outros que não são ligados diretamente a usos da terra”, diz. Afirma ela que todas as indústrias e negócios de base biológica podem ser consideradas bioeconomia. “Dentro da bioeconomia ligada ao agro e vegetação nativa, eu destacaria frutos e castanhas nativas, como açaí e castanha-do-Brasil na Amazônia. No entanto, ainda se agrega pouco valor a esses produtos e o potencial é enorme”, avalia.
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