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Energia

Energia de curto prazo bate recorde; térmicas mais caras são acionadas

Preço representa uma alta de 69,1 por cento em relação ao PLD médio que vigora nesta semana, de 486,59 reais por MWh.

Energia de curto prazo bate recorde; térmicas mais caras são acionadas

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicou o acionamento de termelétricas mais caras para semana que vem e o preço da energia de curto prazo bateu recorde com a expectativa de pouca chuva para abastecer reservatórios das hidrelétricas.

O acionamento térmico indicado para a próxima semana é de 15.566 megawatts (MW) médios, considerando também nucleares, sinalizando inclusive o acionamento de usinas que funcionam a óleo diesel, entre as mais caras.

O preço de energia de curto prazo, chamado de Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), para a próxima semana bateu recorde, chegando ao teto fixado para o ano de 822,83 reais por megawatt-hora (MWh), divulgou nesta sexta-feira a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O preço representa uma alta de 69,1 por cento em relação ao PLD médio que vigora nesta semana, de 486,59 reais por MWh.

O valor alcançado é o teto fixado para 2014 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que regulamenta limites mínimo e máximo anualmente. O custo médio marginal de operação do sistema elétrico passou de 481 reais pro MWh nesta semana para 1.065 reais por MWh na próxima semana no Sudeste/Centro-Oeste e Sul, e para 863,47 reais por MWh no Norte e Nordeste.

Os reservatórios das hidrelétricas no país estão em níveis baixos especialmente no Sudeste, que abriga as maiores represas e onde o consumo de energia se mantém forte diante de altas temperaturas que elevam o uso de equipamentos de refrigeração.

Em janeiro, a estimativa de energia que podia ser produzida considerando o regime de chuvas, denominada Energia Natural Afluente (ENA) deve fechar no terceiro menor valor do histórico em 84 anos, segundo o ONS, em 30.434 MWmed.

Para a primeira semana de fevereiro, a expectativa segue de chuvas escassas. “A previsão é de que a passagem de 2 frentes frias ocasionem chuva fraca apenas nas bacias dos rios Uruguai e Jacuí. Nas demais bacias hidrográficas de interesse do Sistema Interligado Nacional predomina a estiagem”, afirmou o ONS no Sumário Executivo do Programa Mensal de Operação para a semana de 1 a 7 de fevereiro.

Os reservatórios na região Sudeste/Centro-Oeste estão fechando o mês em 40,57 por cento de armazenamento, segundo dados do ONS de quinta-feira, nível superior ao de 2013 e aos dos anos críticos de 2000 e 2001 — mas ainda bem abaixo da média histórica.

O armazenamento também mostra que houve depreciação dos reservatórios do Sudeste em janeiro, já que ao fim de dezembro o nível das represas da região era de apenas 43,18 por cento. No Sul, os reservatórios estão a 58,58 por cento. No Nordeste, o nível é de 42,53 por cento e, no Norte, de 59,99 por cento.

Aumento da carga – O ONS estima aumento de 7,1 por cento na carga de energia no sistema elétrico nacional em fevereiro ante mesmo mês de 2013, chegando a 68.973 MW médios. No Sudeste/Centro Oeste, principal centro de carga do país, o aumento deve ser de 5,4 por cento, impulsionado pelo uso intenso de aparelhos de refrigeração e ao aumento da carga industrial.

Nesta semana, ocorreram 4 quebras de recordes seguidas de demanda máxima instântanea de energia no sistema Sudeste/Centro/Oeste, onde a demanda máxima instantânea atingiu 50.014 MW às 15h29 na quinta-feira.