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Empresas comprovam viabilidade no custo do transporte do caminhão movido a GNV

Testes apontam uma redução de 15% na comparação com o diesel nas características desta aplicação

Empresas comprovam viabilidade no custo do transporte do caminhão movido a GNV

A Scania anuncia que a partir do primeiro trimestre de 2020 começará a produzir caminhões equipados com motores que podem ser movidos a GNV (gás natural veicular) ou biometano, em qualquer mistura de ambos.  As entregas começarão a partir de abril de 2020. Enquanto isso, segue a todo ritmo com demonstrações. De forma inédita, a partir deste mês o primeiro caminhão off-road (um pesado de modelo G 410 XT 6×4) abastecido com biometano do Brasil iniciará período de operação em uma das usinas de cana de açúcar da São Martinho, um dos maiores grupos sucroalcooleiros do país. Trata-se de mais um pioneirismo da marca em sua jornada para liderar a transformação para um sistema de transporte mais sustentável.

A primeira demonstração da Scania com esta tecnologia começou em 2018. E, agora chegou o momento de divulgar os resultados. Parceiras desde os anos 1990 na realização de testes, Scania e Citrosuco revolucionaram o mercado ao anunciar, em outubro de 2018, a primeira operação de um caminhão que pode ser abastecido com GNV ou biometano, no Brasil. O início foi em dezembro e quase um ano depois, os dados são animadores. O veículo rodou apenas com gás natural, e nesta aplicação, em relação a um modelo diesel, houve uma diminuição de 15% no custo do km rodado proveniente da redução do combustível, comprovando a viabilidade do transporte. A Morada Logística, prestadora de serviços da Citrosuco, cuida de toda a operação logística.

A rota escolhida permanece entre Matão (sede da Citrosuco) até o Porto de Santos, em São Paulo, para levar suco de laranja para a exportação destinada a mais de 100 países. Trata-se de um trajeto rico topograficamente que permite ao veículo enfrentar a desafiadora Serra de Santos. O modelo já rodou 110 mil km até agora. O pesado de cabine R e 410 cavalos de potência, é da Nova Geração da marca, que começou a ser entregue aos clientes a partir de fevereiro deste ano.

A iniciativa faz parte do compromisso assumido publicamente pela Scania em apoiar seus clientes com soluções que contribuam para um setor de transporte mais sustentável em termos econômicos, ambientais e sociais.  

“Nossa solução é comprovadamente mais sustentável do que o diesel. O custo é viável economicamente considerando a realidade atual de preços do combustível e dos altos impostos”, afirma Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania no Brasil. “Mas, é importante ressaltar que será fundamental o governo federal colocar em prática os sinais que deu sobre seus planos para o gás natural no Brasil. Por exemplo, as privatizações que provocarão um choque de eficiência no setor via aumento da competitividade e por consequência redução dos custos e possivelmente do preço de venda ao consumidor final. Todo o começo de um novo sistema exige movimentos de todos os lados. Estamos recebendo muitas intenções de compra. Ou seja, comprovando que há demanda consistente. Agora, precisamos de mais oferta.” 

Munhoz também destaca que o motor é 100% a gás e biometano, ou mistura de ambos. “Não é conversão. Ele tem garantia de fábrica e tecnologia confiável. Na demonstração com a Citrosuco o R 410 vem tendo um desempenho consistente e força semelhante ao caminhão a diesel. Além de ser 20% mais silencioso”, completa. Em emissões a redução de CO2 pode chegar a até 15% na comparação ao diesel.

A demonstração está sendo monitorada pelos Serviços Conectados Scania. Um módulo instalado no caminhão envia todas as informações das viagens, em um acompanhamento detalhado da operação e individualmente por motorista. A Morada Logística pode analisar itens como consumo de combustível, condução mais eficiente e segura e de controlar o desgaste desnecessário dos pneus. Além disso, o Programa de Manutenção Scania com Planos Flexíveis garante mais disponibilidade e eficiência.

 

Aprovação do embarcador e da transportadora

“A Citrosuco tem por premissa a gestão socioambiental em sua cadeia produtiva. Neste contexto, investimos em pesquisa e desenvolvimento e trabalhamos com nossos parceiros para reduzir os impactos ambientais e sociais em nossas operações. Aumentar a eficiência e segurança na logística, reduzindo acidentes e emissão de gases de efeito estufa, contribuem para que consumidores, no mundo todo, possam ter cada vez mais acesso a produtos de qualidade e provenientes de uma cadeia de valor responsável. Na Citrosuco, inovação e sustentabilidade fazem parte da forma como provemos alimentos originados de frutas para uma vida com energia e mais saudável”, comenta Boris Alessandro Wiazowski, gerente de Sustentabilidade da Citrosuco.

André Leopoldo e Silva, diretor-geral da Morada Logística, também aprova a demonstração. “A parceria está sendo de muito sucesso. Estamos orgulhosos de participar de uma ação, que pode mudar a história do modelo de transporte do país. Citrosuco e Scania são ótimos parceiros. É uma grande satisfação”, salienta. “A Morada Logística tem a sustentabilidade em seu DNA. Esse foi um dos diferenciais da vitória neste contrato com a Citrosuco, pois eles foram enfáticos em afirmar que procuram alternativas de combustíveis. Quando surgiu a oportunidade deste projeto, topamos na hora. Muitas empresas nos procuraram curiosas sobre esta ação.”

“Sabíamos que teríamos vários desafios, pois se trata de uma novidade. O GNV para automóveis é usado em larga escala. Contudo, para os veículos comerciais ainda precisamos de mais estrutura de abastecimento e de um preço mais competitivo do gás. Mas, com os resultados da demonstração já temos interesse de compra. Do ponto de vista operacional está aprovado. O consumo foi próximo do que havíamos pensado. Estamos animados para incluir na renovação da frota da Citrosuco para 2020.”

De acordo com André Leopoldo, o caminhão Scania é um sucesso entre os motoristas. “Eles gostam muito do conforto, da dirigibilidade, do silêncio e da diferença muito pequena de rendimento comparado ao diesel”, lembra. Sobre as manutenções nada a reclamar. “Bem no começo da demonstração, houve algumas adaptações no sistema a gás, que eram perfeitamente esperadas. Mas, do ponto de vista do caminhão só fizemos as manutenções do dia a dia, ou seja, as recomendadas pelo fabricante. Ele nos trouxe alta disponibilidade e performance.”