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Inovação

EMBRAPII debate futuro dos carros elétricos no País

Três unidades EMBRAPII apresentam suas habilidades para desenvolver projetos de inovação na área durante seminários sobre eletromobilidade

EMBRAPII debate futuro dos carros elétricos no País

Sustentáveis e tecnológicos, os carros elétricos deixam de ser tendência e passam a ser realidade no Brasil. Porém para que esses veículos se tornem populares ainda existe um longo caminho. O Seminário Eletromobilidade – Desafios e Oportunidades, realizado no dia 28 de agosto, representa um grande passo nessa direção. Durante o encontro gestores públicos, pesquisadores e empresários do setor automotivo discutem temas como: o papel do poder público, as adequações tributárias e as alternativas de investimento em P&DI para o desenvolvimento do setor. O evento é uma realização da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), em parceria com o Sindipeças e Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Durante o evento, foi apresentado o modelo de financiamento de projetos da instituição, que garante 1/3 do valor do projeto de inovação com recursos não reembolsáveis. “Em países como o Brasil, com grande potencial de geração de energia a partir de fontes renováveis, o uso de veículos elétricos torna-se uma opção mais sustentável. A EMBRAPII pode contribuir para que a indústria supere este desafio de desenvolver tecnologias que sejam viáveis economicamente. nossas unidades estão preparadas para atender a demanda industrial ligada ao setor industrial, como tecnologias digitais, inovação elétrica, entre outras ”, comenta o diretor de Planejamento e Gestão da EMBRAPII, José Luis Gordon.

Além do financiamento, a EMBRAPII permite o acesso a uma rede de centros de pesquisa com tecnologia de ponta com equipes de pesquisa. As Unidades EMBRAPII possuem diversas competências que são de fundamental importância para o desenvolvimento de produtos e soluções para a área de eletromobilidade, como baterias, motores elétricos, Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), carros conectados, eletropostos, sistemas de monitoramento e manutenção preditiva para carros elétricos e baterias.

“O domínio destas tecnologias, aliado às suas infraestruturas físicas e seus recursos humanos altamente qualificados, tornam as UEs potenciais parceiras de empresas que queiram desenvolver projetos inovadores na área de eletromobilidade, ajudando a reduzir os riscos tecnológicos inerentes destes projetos inovadores”, destacou o diretor de Operações, Carlos Eduardo Pereira. 

Unidades EMBRAPII

No Seminário, três unidades EMBRAPII apresentaram exemplos de trabalho e como podem atuar em parceria com as empresas do setor. A unidade CERTI apresentou o projeto Eletroposto, que propõe um novo modelo de infraestrutura de carregamento de veículos elétricos, capaz de integrar estações de recarga de veículos e sistemas de armazenamento de energia, no conceito de cidades inteligentes. O projeto instalou uma rede de eletropostos entre Florianópolis e Joinville para garantir mobilidade elétrica entre as principais cidades do estado catarinense.

A unidade EMBRAPII em Eletroquímica Industrial atua em soluções relacionadas a revestimentos inteligentes, sensores eletroquímicos e baterias. Recentemente uniu empresas concorrentes fabricantes de bateria de reposição para atender o mercado de veículos com sistema start stop (que desliga o motor toda vez que o condutor para o veículo, em um semáforo por exemplo, e volta a ligar quando o motorista pisa no acelerador). A projeção é que até 2021 todos os automóveis fabricados no país possuam o dispositivo.

A unidade EMBRAPII IPT Materiais também esteve presente. O Instituto possui laboratórios que atuam de maneira direta com o tema de desenvolvimento de tecnologia de materiais e alto desempenho.

Financiamento EMBRAPII

O financiamento da instituição obedece a seguinte regra geral: a EMBRAPII pode investir até 1/3 das despesas das Unidades com projetos de PD&I (recursos não-reembolsáveis), enquanto o restante é dividido entre a empresa parceira e a Unidade. Ao compartilhar riscos de projetos com as entidades (por meio da divisão dos custos do projeto), estimula-se o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para, assim, potencializar a força competitiva das empresas no mercado interno e internacional.