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Exportação

Em Pequim, Kátia Abreu pede avanço do acordo comercial entre Mercosul e China

Ministra diz que países precisam reduzir tarifas e harmonizar regras.

Em Pequim, Kátia Abreu pede avanço do acordo comercial entre Mercosul e China

Em reunião nesta quarta-feira (18/11) com o ministro da Agricultura da China, Han Changfu, a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) destacou a necessidade de o Mercosul e o país asiático avançarem em um acordo de preferências tarifárias.

A ministra está em missão oficial a Pequim, onde anunciou a habilitação de sete novas plantas frigoríficas para exportação de carnes bovina, suína e de aves para a China. O país é o último visitado pela delegação brasileira na viagem à Ásia, que antes passou pela Arábia Saudita, pelos Emirados Árabes e pela Índia.

“Precisamos avançar em um acordo de preferências tarifárias. Hoje a corrente de comércio entre Brasil e China soma US$ 78 bilhões e poderemos chegar a US$ 100 bilhões rapidamente. Um acordo entre nossos países seria um grande acontecimento”, afirmou Kátia Abreu ao ministro chinês, que manifestou apoio à iniciativa.

Segundo a ministra, o Uruguai – que assumirá a presidência do Mercosul em dezembro – já demonstrou interesse em propor a criação de um grupo de trabalho para dar início às discussões sobre o tema. A Organização Mundial do Comércio (OMC) permite que países em desenvolvimento concedam preferências tarifárias entre si, a chamada “cláusula de habilitação”.

Além de reduzir tarifas, disse Kátia Abreu, os países precisam harmonizar regras e procedimentos. “As tarifas podem chegar a zero, mas continua sendo muito importante convergirmos regras no sentido de facilitar e sintonizar nossa burocracia”, assinalou.

Transgênicos

A sincronia entre Brasil e China na aprovação de organismos geneticamente modificados (OGMs) também foi tema levantado pela ministra. Ela afirmou que é necessária convergência técnica e de regulação em transgênicos, a fim de gerar confiabilidade a chineses e brasileiros.

 “Solicitamos não apenas rapidez na aprovação, mas também na busca por um mecanismo que forneça mais informações, de forma a deixar chineses e brasileiros mais tranquilos em relação a esses alimentos”, observou.

A ministra ressaltou ainda que o sistema de aprovação de OGMs no Brasil é bastante rigoroso e transparente, destacando a necessidade de dar rápido prosseguimento à cooperação entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Academia Chinesa de Ciências Agrícolas (CAAS).

“Seria importante para os dois países, pois somos grandes produtores de grãos, e a China, grande comprador. Tudo que pudermos investir em pesquisa e inovação no sentido de trazer mais qualidade e menor custo na produção de alimentos deve ser feito”, comentou Kátia Abreu