Muitos são os sonhadores que têm a ambição de escalar o Evereste. A glória de chegar a mais de 8 mil metros de altitude é algo que persegue determinados humanos há mais de meio século. Mas a pegada ecológica do homem na natureza aumenta e, neste caso em particular, tem gerado excrementos daqueles que atingem o topo do mundo… e isso tornou-se num grande problema.
Membros da Associação de Montanhismo do Nepal (NMA) relataram que o pico mais alto do mundo está contaminado com ferrugem e excrementos. Há agora um projeto que quer transformar 12 toneladas de excrementos em biogás.
Evereste está carregado de excrementos
Entre 1953 e 2016 perto de 4500 pessoas já chegaram ao ponto mais alto do Evereste mas, como “lembrança”, deixaram cerca de 12 toneladas de excrementos por ano. Este é um grave problema ambiental que coloca em risco o meio ambiente e a população local de Gorak Shep.
Para tentar resolver o problema, e enfrentar o desafio, surgiu o Projeto Monte Evereste de Biogás, que criou um sistema solar único que irá converter fezes em gás metano e em fertilizante para terras agrícolas.
Este projeto tem a ambição de transformar aquilo que é uma ameaça crescente, num ativo para a população que agora vive sob o risco de que a água que consome seja contaminada por excrementos humanos.
Para termos uma ideia de como este problema é grave, há números, com base no cálculo médio de quanto o alpinista pode deixar no ambiente, que referem um depósito de 36 toneladas de excremento na maior montanha do planeta nos últimos anos.
Este problema levou a que organizações como a Asian Trekking, tivessem de tratar de organizar serviços de limpeza no monte Evereste todos os anos e esta organização, só neste trabalho, refere que já limpou mais de 700 quilos de excrementos deste 2008.