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CPFL Renováveis reúne projetos de 2,4 GW que podem dobrar sua capacidade de geração

Hoje, a companhia gera 2.133 MW em 94 ativos, distribuídos em 58 munícipios localizados em oito estados. 

CPFL Renováveis reúne projetos de 2,4 GW que podem dobrar sua capacidade de geração

A CPFL Renováveis, empresa do grupo CPFL, tem pelo 2,4 GW em projetos de geração de energia a partir de quatro matrizes: biomassa, eólica, PCH e solar. Hoje, a companhia gera 2.133 MW em 94 ativos, distribuídos em 58 munícipios localizados em oito estados. Portanto, o plano da empresa é mais do que dobrar a sua produção
de energia.

De acordo com Alberto dos Santos, diretor de Engenharia e Obras da CPFL Renováveis, esses projetos no chamado pipeline ainda dependem dos leilões de energia para
se concretizarem. Há, inclusive, empreendimentos na área de energia solar, que a empresa ainda não opera dentro de seu portfólio de geração energética. “Solar tem grande potencial e tendência forte de crescimento”, avalia.

A companhia tem a característica de investir em PCHs (pequenas centrais hidrelétricas com capacidade instalada entre 3 MW e 30 MW, de acordo com a definição da Aneel). Ao todo, a CPFL Renováveis mantém 40 PCHs, com 453 MW de capacidade instalada.

A última a entrar em operação comercial foi a PCH Boa Vista 2 com capacidade nominal de 29,9 MW, localizada em Varginha (MG). A energia dessa PCH foi comercializada em um leilão de 2015, com data de suprimento a partir de janeiro do ano que vem, mas no final de 2018 já estava funcionando.

“Essa matriz é muito importante para CPFL. E continua crescendo”, avalia. Segundo Alberto, a construção de PCHs exigem da empresa uma forte mitigação do impacto e detalhamento de onde a obra se insere. “Em geral são em lugares remotos. Esse tipo de projeto (de PCH) é sensível no Brasil”, ressalta.

Em um leilão de energia nova realizada em agosto do ano passado, a CPFL Renováveis ganhou a construção de mais uma PCH, a Cherobim, localizada no Paraná e capacidade instalada de 28 MW.

Neste mesmo leilão, a empresa conquistou também a execução do Complexo Eólico Gameleira, localizado no Rio Grande do Norte, com 69,3 MW de potência nominal distribuídos em quatro parques eólicos. Em eólica, a CPFL detém 45 parques em três estados (RN, CE e RS), com 645 turbinas gerando 1.309 MW.

“Em termos de engenharia, a seleção e integração de parceiros é fundamental”, explica sobre a implantação de parques eólicos. Segundo o executivo, é importante acompanhar o sequenciamento da montagem.

Antes, a empresa fornecedora da turbina contratava as outras empresas para desenvolver um projeto eólico. Hoje, de acordo com Alberto, a CPFL faz a contratação por cada serviço e equipamento: aerogerador, obra civil, responsável pela rede média de interligação do parque, linha de transmissão e subestação.

No passado, havia grande preocupação com a logística na montagem das torres, pás e aerogeradores eólicos por conta das grandes dimensões das peças. Mas hoje, Alberto comenta que isso já não é mais um problema.

“Esse desafio atualmente é bem conhecido, bem enfrentado. Sabe-se os itens que merecem atenção”, ressalta. “A eólica segue com potencial gigante”, destaca. “As
turbinas aumentaram de potência. Antes era de KW, hoje tem-se de MW cada uma”, ressalta ele sobre a evolução das plantas de geração eólica – com isso, têm se um ganho expressivo na capacidade instalada.

 A empresa de energia tem também em seu portfólio oito usinas de biomassa movidas a bagaço de cana de açúcar. São no total 370 MW de potência instalada com essa matriz energética.

“O escopo para projeto de biomassa se centra na montagem”, explica o diretor. Alberto destaca a importância da integração de projeto executivo, pois existem muitas interfaces e a necessidade de trabalhar com o mínimo de interferência durante a obra.

Os pilares de desenvolvimento da CPFL Renováveis para novos projetos envolvem algumas etapas. Primeiro, faz-se prospecção e elaboração de projeto para leilão.

Após aprovação, segue-se a contratação e gestão. “Aqui tem-se um papel fundamental de integrar a engenharia”, explica. Depois da entrega, o time de manutenção e operação assume o ativo.