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China quer aperfeiçoar infraestrutura de energias alternativas

Atualmente, a China é o país que possui mais turbinas eólicas ligadas à rede elétrica pública, ocupando 26% da potência ativa total do setor do mundo.

China quer aperfeiçoar infraestrutura de energias alternativas

A energia eólica tornou-se já numa das fontes de energia renováveis mais importantes do mundo. Vários países apostam fortemente em tecnologia eólica. Atualmente, a China é o país que possui mais turbinas eólicas ligadas à rede elétrica pública, ocupando 26% da potência ativa total do setor do mundo.

No entanto, comparando com países europeus como a Dinamarca e a Alemanha, a energia eólica não tem grande representatividade na China. Há, por isso, grande espaço para o seu desenvolvimento no país, mas existem diversos desafios também.

A Usina Eólica Taobei localiza-se na cidade de Baicheng, província de Jilin, uma região ventosa. As regiões do nordeste e noroeste e a Região Autônoma da Mongólia Interior são os locais mais adequados à exploração deste tipo de energia na China, contando com mais de 80% do volume total de produção do país. No entanto, o inverno nessas regiões é muito frio, o que representa um desafio para o bom funcionamento das turbinas eólicas, algo que impede um desenvolvimento mais acelerado do setor.

Segundo o diretor da Nova Energia do Departamento de Energia de Jilin, Liu Zhanwen, cerca de 30% dos recursos eólicos tem de ser interrompido todos os anos. A energia eólica foi utilizada apenas 1420 horas em 2012 na província de Jilin, inferior à média nacional.

“Aqui no norte da China, no inverno, precisamos garantir o aquecimento e a produção de eletricidade ao mesmo tempo. Um tipo de turbina que pode gerar os dois ao mesmo tempo é usado durante o inverno. A eletricidade gerada por esta turbina pode atender a demanda. Como resultado, as turbinas eólicas têm de parar.”

De fato, a modificação é realizável nas turbinas eólicas atuais, para permitir que se gere eletricidade e calor ao mesmo tempo. Várias empresas alemãs já estão instalando um sistema para transformar a eletricidade em energia térmica. O vice-diretor do Departamento de Energia de Jilin, Zheng Jianlin, apontou que a China está atrasada na aplicação deste tipo de tecnologia.

“A tecnologia possibilita a recolha de energia e a transmissão de acordo com a demanda. Esta tecnologia não se encontra muito desenvolvida na China, sendo bastante cara. Acredito que isto é um importante fator para o desenvolvimento da energia renovável no futuro.”

Por outro lado, a infraestrutura das energias alternativas necessita de ser aperfeiçoada. A eletricidade gerada no inverno pode ser transmitida para outras regiões. A rede de transmissão deste tipo ainda não existe na China. Liu Zhanwen apelou ao governo chinês que replaneje e reajuste a construção da rede elétrica.

Os recursos eólicos são muitos ricos na China e estão se desenvolvendo a alta velocidade. As turbinas eólicas chinesas vão ter capacidade para gerar mais de 100 milhões de quilowatt até 2015 e este número vai atingir os 200 milhões em 2020.