Em comunicado, o presidente da Câmara de Mangualde, localizada em Portugal, João Azevedo, explica que o investimento de 54 milhões de euros vai ser levado a cabo pelo Grupo Sonae, de forma a “maximizar a utilização eficiente dos recursos naturais”.
“A central permitirá a criação de outras empresas no setor da recolha dos recursos florestais, tratando-se de um investimento que vai permitir produzir melhor eletricidade, fomentar o ordenamento do território e criar empregos indiretos”, acrescentou.
De acordo com o autarca, este é “um projeto a andar e não algo virtual”, que visa abastecer a própria unidade fabril do Grupo Sonae, já instalada no concelho – a Sonae Arauco -, “tornando-a mais competitiva e autossuficiente”.
“É primordial para o concelho dispor de uma unidade com a capacidade de fazer um investimento tão importante. A central termoelétrica a biomassa florestal poderá injetar até 12 MVA de energia elétrica na rede pública”, evidenciou.
Na nota do município, pode ainda ler-se que este investimento engloba a engenharia, projeto e construção de uma caldeira de biomassa de última geração, com 90 MW de potência de combustão, equivalente a 266kTon biomassa por ano, que utilizará como combustível biomassa florestal residual.
“Ao associar a utilização da biomassa residual à utilização da fibra virgem no processo industrial, e permitindo a utilização completa do recurso disponível, a utilização da biomassa é mais rentável e permite aplicações mais nobres. Também ao combinar a produção de energia térmica e elétrica, se maximiza o rendimento global do processo de geração de energia”, refere.
Outro benefício da instalação desta central no concelho “é o investimento numa indústria fortemente exportadora”, que “pode contribuir para a criação de postos de trabalho diretos e indiretos”.