Casca de arroz: Uma alternativa para geração limpa
A Usina Termelétrica de São Borja, no Rio Grande do Sul, foi inaugurada no final do mês passado. A planta é a maior do Brasil com geração de energia a partir de casca de arroz e está em condicionamento desde abril de 2010. A usina pertence ao fundo de investimento alemão MPC Bionergie Brasilien GmbH & Co. KG e é operada pela Dalkia Brasil, subsidiária da Veolia Environnement e da Eletricité de France (EDF).
A capacidade de geração é de 85 mil MWh ao ano e deverá ser atingida até o final de 2012, com consumo de cerca de 100 mil toneladas de casca ao ano. Desde 2010, a planta opera com 100% de seu potencial. A estimativa é que, do total de energia gerado, 10% seja destinado à alimentação da usina e 90% seja comercializado à rede pública.
A escolha da matriz energética deve-se ao fato de o Rio Grande do Sul ser o maior produtor brasileiro de arroz. A casca do grão é um insumo descartado em aterros e não tem valor comercial. A utilização da casca no processo de geração soluciona um problema ambiental e diminui o custo global da energia.
A UTE de São Borja é a primeira planta de biomassa operada pela Dalkia no Brasil. No mundo, a expertise da companhia abrange cerca de 280 projetos com geração de energia a partir de biomassa. A Dalkia é responsável pela operação e manutenção da planta e atua desde a preparação da matéria-prima à manutenção das instalações. O objetivo do trabalho é garantir a produção do volume de energia esperado.
"Estamos trabalhando em parceria com os pequenos produtores do entorno da usina, o que tem auxiliado a região de forma econômica, ambiental e social. Outro benefício é o da redução do descarte da casca de arroz no ambiente, atribuindo-lhe uma utilidade", explica Philippe Roques, diretor industrial da Dalkia.
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