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Renováveis

Biomassa e eólica colocam o Brasil em destaque

Atualmente, no ranking global das energias limpas, o Brasil ocupa a sexta posição, com 45,9% da energia primária utilizada.

Biomassa e eólica colocam o Brasil em destaque

De acordo com projeções do Programa Ambiental da ONU os investimentos globais em energias renováveis devem alcançar US$ 240 bilhões em 2011, impulsionados principalmente pelas iniciativas no Brasil, China e Índia. Em 2009, os gastos com as energias limpas foram de US$ 162 bilhões. No ano passado, os investimentos oscilaram entre US$ 180 e 200 bilhões. O Brasil, no segmento de energias renováveis, tem condições de ampliar sua capacidade instalada, alcançar um modelo energético menos poluente e economicamente viável, desde que haja mais pesquisas e investimentos no setor.

Projeções do Plano Decenal de Energia (PDE) e do Plano Nacional de Energia (PNE), indicam que o Brasil, que atualmente dispõe de 115,6 gigawatts (GW) de capacidade instalada, deverá elevar a produção para 171 GW em 2020 e para 232 GW em 2030. A energia hidrelétrica continuará a ser o eixo de expansão da produção de eletricidade no país até 2030. Mas também haverá crescimento da eólica e da biomassa no período. Atualmente, no ranking global das energias limpas, o Brasil ocupa a sexta posição, com 45,9% da energia primária utilizada. Lembrando que 1GW pode atender uma cidade com 1,5 milhão de habitantes.

As projeções para a energia eólica indicam que até 2015 ela poderá alcançar 19 GW na América Latina, o que representaria uma participação de 4% no mercado mundial. O Brasil, por sua vez, com a evolução tecnológica, as excelentes condições das jazidas de vento e a manutenção de contratação do governo, deverá se posicionar entre os cinco maiores produtores de energia eólica do mundo até 2020, com capacidade instalada de 20 GW, segundo o vice-presidente da Associação de Mundial de Energia Eólica, Everaldo Feitosa.

Para a Associação Brasileira de Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), as empresas produtoras de energia devem investir até 2020 cerca de R$ 3,4 bilhões em novos empreendimentos eólicos, com capacidade para gerar até 1.000 megawatts (MW) de energia. A Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) estima que a energia eólica vai ampliar sua participação na matriz energética brasileira de 1% para 5,9%, da produção total de eletricidade até 2014.

Atualmente, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), há 51 empreendimentos eólicos em operação (931 MW), 18 em construção e mais 107 outorgados, com capacidade de quase 5.000 MW informa a gerente de agroenergia da Informa Economics FNP, Jacqueline Bierhals, que participou da elaboração da 2ª edição do RenergyFNP, anuário de Energias Renováveis da Informa Economics FNP.