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Cana-de-açúcar

Biomassa da cana alcança 12 mil MW de potência instalada

Há duas UTEs a biogás no setor sucroenergético, representando mais 32 MW em operação, resultando em um total de 12.053 MW instalados

Biomassa da cana alcança 12 mil MW de potência instalada

Em janeiro de 2022, a biomassa da cana-de-açúcar atingiu 12.021 MW em potência instalada, por meio de 413 usinas termelétricas (UTEs) em operação utilizando bagaço e palha como combustível principal. Além disso, há duas UTEs a biogás no setor sucroenergético, representando mais 32 MW em operação, resultando em um total de 12.053 MW instalados segundo levantamento da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), a partir de dados da potência outorgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Representando 6,6% da potência outorgada no Brasil, esses 12.053 MW da biomassa da cana-de-açúcar colocam a fonte como a 4ª mais importante na matriz elétrica brasileira, atrás apenas das fontes hídrica, fóssil e eólica. Para o gerente em bioeletricidade da UNICA, Zilmar Souza, isto representa um marco para o setor sucroenergético, que supera a capacidade instalada da usina hidrelétrica Belo Monte (11.233 MW), a maior usina hidrelétrica 100% brasileira.

Refletindo a distribuição da moagem de cana-de-açúcar no país, somente cinco estados detêm 90% da capacidade instalada pela fonte biomassa no setor sucroenergético. São Paulo detém 6.333 MW (53%) da capacidade instalada com 208 UTEs, seguido por Minas Gerais com 1.417 MW (12%) instalados em 46 UTEs, Goiás com 1.362 MW (11%) com a capacidade instalada em 34 UTEs, Mato Grosso do Sul com 1.078 MW (9%) em 22 UTES e Paraná com 547 MW (5%) instalados em 29 UTEs.

“Esse marco mostra o potencial que tem a fonte biomassa e o biogás no setor sucroenergético. É motivo de orgulho. A biomassa já é muito estratégica para a matriz brasileira, mas temos muito potencial ainda para aproveitar e aumentar a participação dessa fonte na matriz elétrica brasileira”, comenta Souza.