Bioenergia terá indicadores globais de sustentabilidade
O governo brasileiro participa na próxima semana, de 15 a 16, em Tóquio, da reunião da Parceria Global de Bioenergia (GBEP, em inglês). O encontro irá debater a padronização das metodologias de cálculo de emissões de gases de efeito estufa e ratificar 24 indicadores que poderão ser utilizados para referencial de sustentabilidade do setor. Os aspectos econômicos, sociais e ambientais terão pesos iguais na formulação dos indicadores.
O GBEP foi criado em 2005 com objetivo de promover a produção e uso sustentável da bioenergia. A iniciativa surgiu no âmbito do G8 (França, Itália, Alemanha, Inglaterra, Japão, Estados Unidos e Canadá), para mapeamento da bioenergia dentro do próprio grupo e outros cinco países em desenvolvimento (África do Sul, México, China, Índia e Brasil).
O Brasil ingressou no GBEP em 2007 e assumiu a co-presidência do grupo, que conta com a participação de várias organizações internacionais, como Banco Mundial, Agência Internacional de Energia, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) e Fundação das Nações Unidas. Ao todo são 23 países e 13 organizações.
O diretor interino do Departamento de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, José Nilton de Souza Viera, que integrará a delegação brasileira, afirmou que os indicadores de sustentabilidade serão disponibilizados gratuitamente para os formuladores de políticas públicas dos países interessados. O próximo passo a ser dado pela organização será o fortalecimento das operações de cooperação, principalmente com os países menos desenvolvidos.
Souza Vieira comentou que o Brasil já participa de experiências bem-sucedidas de cooperação, em ações trilaterais, como a realização de estudos de viabilidade técnica para os biocombustíveis, desenvolvidos pela Fundação Getúlio Vargas em El Salvador, República Dominicana e Senegal, por meio de parceria com os Estados Unidos. O Brasil também desenvolve ações em Moçambique juntamente com a União Europeia. Além do representante do Ministério da Agricultura, participam da delegação brasileira a embaixadora Mariângela Rebuá, diretora do departamento de energia do Itamaraty, e o pesquisador Joaquim Seabra, do Centro de Tecnologia do Bioetanol, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
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