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Premiação

Bioenergia: nova técnica para etanol de celulose

Doutoranda do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce), conquista 1º lugar na área de microbiologia industrial no 26º Congresso Brasileiro de Microbiologia.

A doutoranda Marcia Moretti, do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce), conquistou o primeiro lugar na área de microbiologia industrial no 26º Congresso Brasileiro de Microbiologia, realizado em outubro, em Foz do Iguaçu (PR). Seu trabalho, intitulado “Influência de Diferentes Fontes de Carbono e Nitrogênio na Produção de Xilanase e Celulases por Myceliophthora sp. M.7.7”, tem como foco a produção de etanol de segunda geração (etanol lignocelulósico), ou seja, o álcool extraído da celulose presente em resíduos industriais, como o bagaço da cana-de-açúcar.

O Brasil e os Estados Unidos são os países que mais têm investido para tornar possível a produção de etanol de segunda geração. Atualmente, o maior entrave é o custo de obtenção desse álcool pelas técnicas já conhecidas. A pesquisa de Marcia se destaca por apresentar uma forma de obtenção do combustível por meio da conversão da biomassa lignocelulósica (fonte de açúcares fermentáveis) em açúcares. O estudo também avalia os tratamentos físico-químicos e enzimáticos sobre bagaço e palha da cana.

O projeto ainda é um modelo de laboratório, mas a expectativa dos pesquisadore envolvidos é aplicá-lo em indústrias, inclusive em produções de grande escala. “A finalização e aplicação da pesquisa nas biorrefinarias poderá gerar redução de custos durante todo o processo até a obtenção do produto final, o que tornará essa uma forma bem-sucedida de energia alternativa”, afirma Marcia.

Premiação – Marcia, que é bolsista da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), concorreu ao prêmio com mais de duzentos trabalhos. Para a orientadora da pesquisa, a professora Eleni Gomes, a premiação é mais uma etapa vencida e uma renovação das energias para dar andamento ao estudo, que está na metade. “É uma fase de maturidade científica, em que o projeto está se solidificando e se tornando mais consistente, além de uma confirmação de que estamos no caminho certo”, afirma.

Além desse projeto, outros estudos de São José do Rio Preto se destacaram durante o congresso: o trabalho de Ana Theresa Silveira de Morais, doutoranda do Ibilce, foi eleito o melhor na área de virologia; e Adriano Mondini, ex- aluno da Unesp, recebeu o prêmio Jovem Microbiologista, concedido pela Sociedade Brasileira de Microbiologia e Sociedade Americana de Microbiologia.