Biodigestor em escala doméstica gera economia e redução de resíduos
A CiBiogás vem testando o biodigestor com objetivo de fomentar a cadeia de biogás no Brasil
Transformar os resíduos orgânicos em gás de cozinha ou até mesmo em eletricidade dentro de casa já é uma realidade. O biodigestor de escala doméstica pode processar até 12kg de resíduos orgânicos diariamente e transformá-lo em gás de cozinha, eletricidade e também biofertilizante.
O engenheiro Thiago Fernando Magrini Lopez, do núcleo de Desenvolvimento Tecnológico - Engenharia e Operações do Cibiogas, explica que com uma alimentação diária de 8 a 12kg de resíduos, é possível gerar 2m³ de biogás por dia ou 60m³ ao mês. “Isso equivale a 26 quilos de GLP (gás de cozinha). Considerando que cada botijão tem 13 quilos e o preço médio do GLP atualmente, pode gerar uma economia de R$ 170,00.” Explica
Outra utilização para esse biogás é para geração de energia. Lopez conta que conectado a um pequeno moto gerador pode gerar 3,4 kWh por dia ou 102 kWh/mês, o que equivale a alimentação de 10 lâmpadas de 15w ligadas 24 horas durante um mês inteiro.
Em ambas utilizações o biodigestor também produz cerca de 10 litros de biofertilizante, que pode ser usado na horta ou jardim caseiro, como também pode ser uma fonte de renda extra.
Lopez explica que em uma família pequena talvez não haja um descarte tão grande de resíduos, mas mesmo com uma alimentação menor o biodigestor irá gerar economia. “Acredito que para uma família pequena conseguir gerar 8kg por dia é muita coisa, entã
o talvez esse biodigestor pode servir em condomínios que há um acumulo de resíduo maior. Mas também se for alimentado com menos resíduos ele irá menos biogás mas ainda sim estará gerando biogás.” Explica
O espaço que o biodigestor ocupa também viabiliza seu uso em residências, as dimensões deste modelo doméstico é de 1,60x1,30x1,76, ou seja com espaço de 2m² já é possível a instalação.
O funcionamento do biodigestor é simples. Pela porta frontal são colocados os resíduos e uma pequena quantidade de água. Este material ficará num espaço confinado sem contato com o ar atmosférico o que propicia o aparecimento de bactérias anaeróbicas. Essas bactérias vão degradar o material orgânico e as digestões dessas bactérias será um material líquido e um material gasoso conforme explica Lopez. “O material líquido é o digestato ou biofertilizante que pode ser aplicdo na horta como fertilizante mesmo. E a parte gasosa seria o biogás, esse biogás parte da composição dele é gás combustível, ele é composto basicamente de metano, que pode variar de 55 a 70% na composição, no total do biogás, que seria a parcela combustível do biogás”.
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