Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

CBios

BASF e 3tentos realizam operação inédita com crédito de descarbonização (CBIOs)

Produtora de biodiesel de soja desde 2014, a 3tentos tem direito aos créditos de descarbonização e vai transferi-los à BASF, em troca do fornecimento de insumos agrícolas

BASF e 3tentos realizam operação inédita com crédito de descarbonização (CBIOs)

Em parceria inédita no mercado agrícola, a BASF e a 3tentos, grupo gaúcho do agronegócio, desenvolveram novo modelo de operação, com emissão de créditos de descarbonização (CBIOs) em troca de insumos. Pela primeira vez, uma operação de barter, como é conhecida essa troca, é feita com foco em sustentabilidade ambiental.

Produtora de biodiesel de soja desde 2014, a 3tentos tem direito aos créditos de descarbonização e vai transferi-los à BASF, em troca do fornecimento de insumos agrícolas. As duas empresas já realizam operações tradicionais de barter de soja e agora a BASF receberá uma nova moeda, os CBIOs.

A BASF começou a desenvolver este modelo de barter no ano passado, com base na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). O ingresso no mercado de carbono, envolvendo “títulos verdes”, permite que a empresa atenda às necessidades dos clientes e incentive atividades voltadas para a produção de energia renovável no país.

“A BASF acredita que o legado da agricultura depende do equilíbrio entre a sustentabilidade econômica e ambiental dos negócios. O barter com CBIOs apoia os compromissos ambientais assumidos pelo país. Além disso, reforçamos o nosso caráter de empresa inovadora e parceira dos clientes”, afirma Patrícia Andreoni Ambrosio, gerente sênior de Operações de Negócio da Divisão de Soluções para Agricultura da BASF no Brasil.

Com a negociação, a 3tentos utiliza os CBIOs a que tem direito como ativos de troca. Esta nova moeda valoriza as empresas que produzem energia renovável e contribuem com metas anuais de descarbonização para o setor de combustíveis.

“Para nós, é motivo de orgulho estarmos na vanguarda de uma operação inovadora junto com a BASF. Estamos à frente de uma agenda extremamente positiva, com foco em sustentabilidade no agronegócio e exaltando o valor de todo o nosso ecossistema, de insumos, grãos e indústria. Isso nos possibilita realizar esse primeiro negócio de compra de insumos por meio de CBIOs, originados a partir da produção de energia limpa”, diz Benhur Vione, diretor de Insumos da 3tentos.

Criada em 1995, a 3tentos, que tem sede em Santa Bárbara do Sul (RS), baseia seu ecossistema em três pilares: varejo de insumos agrícolas (sementes, fertilizantes e defensivos), originação e trading de grãos e industrialização da soja. Em 2014, a companhia começou a produção de biodiesel na sua planta em Ijuí (RS) e, em 2019, fortaleceu sua produção com a unidade de extração de óleo e farelo de soja em Cruz Alta, também no Rio Grande do Sul.

Selo fortalece agricultura familiar, que conta com assistência técnica

Desde 2013, a 3tentos possui o Selo Combustível Social, conferido pelo Ministério da Agricultura às produtoras de biodiesel. O selo premia as indústrias que privilegiam a agricultura familiar na sua cadeia de produção. A 3tentos também recebeu, em 2020, a certificação do RenovaBio, garantindo eficiência energético-ambiental a toda a cadeia produtiva da companhia, com foco na redução das emissões de carbono.

Crédito de Carbono

O aumento da participação da bioenergia na matriz energética brasileira faz parte do compromisso assumido pelo país na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015 (COP 21). Por isso, foi criada a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que adota o Crédito de Descarbonização (CBIO) como ferramenta para o alcance desta meta.

Os CBIOs são emitidos por produtores e importadores de biocombustíveis e devem ser adquiridos por distribuidores de combustíveis fósseis, que possuem metas de descarbonização. Cada CBIO corresponde a uma tonelada de gás carbônico (CO2) que deixou de ser produzido.

Além do barter de CBIOs gerados pela produção de biodiesel, a BASF pretende ampliar este modelo de negócio para atender o setor sucroenergético.