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AveSui 2012

AveSui: "Escolha da espécie é diferencial na produção de biomassa florestal"

Brasil é um dos detentores do maior acervo sobre eucaliptos, mas a escolha da espécie é primordial para sucesso na produção de biomassa florestal.

O Brasil é um dos detentores do maior acervo de espécies de eucalipto, além de possuir tecnologia ímpar em clonagem. Porém, tanto para fins comerciais quanto para reflorestamento, a escolha da tipologia que se adapte aos fatores externos de cada região do país é indispensável para evitar danos ambientais ao solo e prejuízos no investimento.

“Os produtos oriundos da madeira plantada são inúmeros, como por exemplo lenha, madeira torreficada, carvão, etanol celulósico, bio-óleo, extrato ácido, celugnina e demais gases de síntese. Porém, para garantir a eficiência completa da madeira, a espécie plantada em cada região deve ser previamente escolhida”, explicou o pesquisador da Embrapa Florestas, Paulo Eduardo Telles dos Santos, durante sua palestra realizada no Painel de Biomassa & Bioenergia – Contribuição da silvicultura para a produção de biomassa florestal, coordenado pelo chefe-Geral da Embrapa Florestas, Helton Damin da Silva no segundo dia da AveSui América Latina.

O clima caracterizado por temperaturas baixas, por exemplo, ocasiona perda das folhas e morte da planta. Já uma alta umidade do ar, provoca doenças foliculares. Quando há falta de água ou excesso, ocorre estresse hídrico, o que reduz o crescimento e pode provocar a morte da planta jovem.

Estratégias – A Embrapa Florestas possui diversos estudos, presta consultoria e realiza pesquisas a fim de testar as espécies, alterando sua genética e produzindo clones. “Por isso, acredito que a melhor estratégia a ser adotada frente aos problemas climáticos são: Uso de material melhorado de acordo com a região; uso de técnicas silviculturais apropriadas; Uso de sementes/clones que formam madeira “madura” antecipadamente”, ressaltou. A última estratégia refere-se à relação madeira juvenil/adulta que muda rapidamente (já no primeiro ano, porém mais comumente do segundo para o terceiro). “Também recomenda-se usar como indicador, o dimorfismo foliar”, finalizou Telles dos Santos.