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Até 2050, 40% de toda a matriz energética do planeta será fotovoltaica

Até 2050, 40% de toda a matriz energética do planeta será fotovoltaica

Até 2050, 40% de toda a matriz energética do planeta será fotovoltaica

Não faltam boas oportunidades. E perspectivas de crescimento. Com esse foco, foi realizado, nesta quinta-feira (25), na sede da Fiesp, em São Paulo, o Workshop Energia – Energia Solar Fotovoltaica. O evento foi organizado pelo Departamento de Infraestrutura (Deinfra) da federação e teve a presença do vice-presidente e diretor do Departamento de Economia, Competitividade e Tecnologia da instituição, José Ricardo Roriz Coelho.

“Ver essa sala cheia é motivo de alegria e uma prova de que a discussão é oportuna”, disse Roriz. “Temos como estimativa o uso de 30% de energia solar no futuro”.

Ele lembrou que a Fiesp enviou uma série de propostas para que o Brasil “volte a se posicionar rumo ao crescimento” para os presidenciáveis. “Indicamos para onde o país está caminhando”, afirmou.

De acordo com Roriz, “estamos ao largo do que se passa no mundo”. “As empresas estão preocupadas com a sua situação financeira”, disse. “É preciso que empresas e consumidores se recuperem, estamos olhando para o futuro”.

Nesse sentido, conforme Roriz, o Brasil deve contribuir muito para a segurança alimentar mundial nos próximos anos, assim como para o fornecimento de energia, “já que a demanda tende a crescer”. “Precisamos de conectividade na comunicação e mais oferta de energia”, explicou. “Temos que definir políticas públicas, regulação e rotas tecnológicas para atingir metas”.

Diretor da Divisão de Energia do Deinfra, Ronaldo Koluszuk foi o moderador dos debates da manhã do workshop. E destacou como “a Fiesp olha para a frente, para o futuro, por isso apoia a energia solar fotovoltaica”. “Podemos fazer uma comparação com o setor de telecomunicações, que deixou de ser analógico para ser digital rapidamente”, disse.

Koluszuk afirmou que o país está entre as 30 maiores nações com o maior uso de energia solar no mundo. “Podia ser mais, estarmos entre entre as dez, mas temos que ver as coisas sob a ótica das oportunidades”, disse.

Superintendente de projetos de Geração da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Bernardo de Aguiar lembrou que, desde o primeiro leilão de projetos na área, em 2005, já foram contratados 1.229 projetos. Essas iniciativas estão espalhadas por todo o país, principalmente no Nordeste.

O workshop: mais competitividade e perspectivas de crescimento no Brasil e no mundo. Foto: Helcio Nagamine/Fiesp

“Os projetos e o conhecimento sobre a fonte melhoraram, com redução nos custos de geração”, disse.  “Até 2026 veremos a diminuição do uso da fonte hidrelétrica e o aumento das fontes solar e eólica, num crescimento acelerado”.

Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), também destacou o crescimento acelerado no uso dessa matriz no Brasil e no exterior.

“No mundo, observamos uma expansão de 100GW todos os anos”, disse. “A competitividade da tecnologia eleva o crescimento e isso vai continuar”.

Uma curiosidade: a capacidade de geração de empregos na área é, conforme Sauaia, um destaque. “Para cada MW instalado, são gerados de 25 a 30 empregos”, explicou.

De acordo com o presidente executivo da ABSOLAR, até 2050, 40% de toda a matriz energética do planeta será fotovoltaica. Um percentual que, no país, deve ser de mais de 50%. “O Brasil está bem posicionado: somos um país continental com grande incidência de luz solar”, disse.

Um movimento que tem o apoio de 89% dos brasileiros que querem gerar energia renovável em casa. “Mas a geração responde menos de 0,01% do atendimento da demanda atual”, disse. “A estimativa é de que 85% dos brasileiros apoiem os investimentos públicos na área”.

Sauaia lembrou que São Paulo é o terceiro estado que mais investe em projetos no segmento. “A base da indústria fotovoltaica está em São Paulo”, disse.

Gerente nacional da consultoria DNV GL, Tchiarles Hilbig destacou que “uma era de energia mais limpa e abundante está na nossa frente”. “Estamos vivendo um processo de transição energética”, disse. “A partir de 2035, haverá uma mudança na forma como o mundo vai consumir energia quando atingirmos o pico da demanda”.