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Corte orçamentário

Associação de pesquisadores da Embrapa critica bloqueio do orçamento da estatal

Corte foi de R$ 118 milhões, e prejudica operações da estatal

Associação de pesquisadores da Embrapa critica bloqueio do orçamento da estatal

A Associação Nacional dos Pesquisadores da Embrapa (ANPE) afirmou que a paralisação das atividades de pesquisa da estatal, forçada pelo corte de R$ 118 milhões no orçamento, custará mais caro ao governo do que a sua manutenção. No total, o orçamento inicial da Embrapa para 2020 era de R$ 3,7 bilhões, quase 90% comprometido com salários.

Em “carta aberta à sociedade”, a entidade cobrou a liberação dos recursos para a continuidade dos projetos e disse que a conservação dos bancos de germoplasmas da empresa, de valor “incalculável”, está comprometida com o bloqueio no caixa, o que pode levar a prejuízos “inestimáveis e irrecuperáveis”

“O investimento em ciência e tecnologia deveria ser preservado a todo custo, pois a história mostra que países que investiram em ciência, pesquisa e inovação tiveramuma recuperação mais vigorosa e sustentável em crises passadas”, diz a carta da associação. 

Segundo a ANPE, a manutenção dos bancos de germoplasma e coleções biológicas de espécies vegetais, animais e micro-organismos, que precisam ser mantidos vivos em ambientes controlados ininterruptamente, está ameaçada.

“O valor do banco de germoplasma da Embrapa é incalculável. O princípio da segurança alimentar reside na formação de um banco de germoplasma diverso e em boas condições de uso, mantendo-se assim uma reserva de variabilidade para confrontar, por exemplo, pragas e doenças emergentes”, destaca.

A ANPE diz que a Embrapa lançou 160 tecnologias, cerca de 220 cultivares e adoção de 224 soluções tecnológicas nos últimos anos, com impacto econômico de R$ 46,49 bilhões no setor agropecuário.

“A manutenção e liberação orçamentária aprovada para a Embrapa é a única forma de mantermos ativa a carteira de projetos da Embrapa, uma vez que, a paralisação das atividades de pesquisas, desenvolvimento e inovação será mais onerosa ao Estado que sua manutenção”, conclui.