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Alta tecnologia para construções mais sustentáveis - por Michel Mertens

As corporações já começaram a perceber que a sustentabilidade gera valor aos negócios e que pode ser um dos principais motores de crescimento.

Alta tecnologia para construções mais sustentáveis - por Michel Mertens

As corporações já começaram a perceber que a sustentabilidade gera valor aos negócios e que pode ser um dos principais motores de crescimento. Se aliada à alta tecnologia auxilia no  desenvolvimento de  produtos e serviços que visam a otimização dos recursos naturais. A expectativa é que, cada vez mais, estas corporações  integrem o conceito da sustentabilidade aos seus modelos de negócio de forma a influenciar o consumidor na hora da compra.
 Até 2050, a população mundial deve chegar a 9 bilhões de pessoas e por isso é preciso desde já achar métodos alternativos na área da construção. O método construtivo atual consome mais de 40% da energia global e contribui em 30% com a emissão global de gases de efeito estufase tornando o setor que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva, gerando consideráveis impactos ambientais.
O mercado de construção sustentável ainda é incipiente no Brasil e será uma excelente aposta para as empresas que saírem na frente. O desafio do setor é aumentar a escala de produção de equipamentos sustentáveis para reduzir o custo e melhorar, ao mesmo tempo, a qualidade de vida da população.
Um dos compromissos do setor é criar produtos inovadores e economicamente viáveis que contribuam com a construção de um futuro mais sustentável para as próximas gerações. Indo de  encontro à esta nova demanda do mercado, recentemente foi apresentada em São Paulo, a Casa de Eficiência Energética. A  CasaE, projetada pela BASF, reúne em um único lugar o que existe de mais moderno em produtos para uma construção mais eficiente e sustentável mostrando que é possível mudar a forma como se constrói, colaborando para a economia de água, energia, além de reduzir consideravelmente a emissão de CO2.  A iniciativa ainda pretende mostrar que o conceito construtivo (método, técnica e produtos) utilizados na CasaE pode ser utilizado em uma moradia comum, sendo totalmente factível ao mercado.
O diferencial da CasaE começa pelo sistema construtivo, que consiste em blocos de poliestireno expandido que proporcionam isolamento térmico. Espumas especiais foram aplicadas nas paredes e no teto para dar conforto acústico e térmico. No processo de construção ainda foram utilizados tintas, vernizes e adesivos com pigmentos especiais que atuam no controle da temperatura e que também contribuem para um menor gasto de energia.
A obra em São Paulo ainda recebeu pisos drenantes, fabricados com compostos especiais e que evitam o acúmulo de água na superfície. Também estão presentes na casa  produtos especiais voltados para revestimento, impermeabilizantes e antiderrapantes. O interior do imóvel ganhou tinta antibactéria, que diminui 99% das bactérias nas paredes, proporcionando um espaço mais protegido de doenças.
A parte externa recebeu cobertura de tinta contra mofo e tinta acrílica com maior rendimento e durabilidade. Todo o paisagismo foi pensado para valorizar as espécies nativas e os eletrodomésticos e a iluminação contam com o que há de mais moderno em termos de economia de energia e design.
Na Europa, onde as técnicas tornaram-se conhecidas graças ao projeto, esses produtos já são utilizados em grande escala. O investimento numa obra desse tipo é recuperada a médio prazo com a redução no consumo de energia. De imediato, o resultado é uma construção mais limpa, mais rápida e com menos emissão de CO2.
O projeto ainda responde questões fundamentais do mercado de construção sustentável relacionadas a rapidez dos processos, moradias mais acessíveis, a durabilidade dos materiais utilizados e seu reaproveitamento, além da saúde e conforto das pessoas que habitarão os espaços.

MICHEL MERTENS é vice-presidente sênior da BASF para a América do Sul