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ABiogás debate transformações do mercado de gás natural e o papel do biogás em seminário no Rio

Presidente da Associação vai destacar o papel do biogás diante do novo marco regulatório do gás natural no Brasil.  

ABiogás debate transformações do mercado de gás natural e o papel do biogás em seminário no Rio

O papel do biogás diante das mudanças no mercado de gás natural brasileiro estará no centro do debate que a Associação Brasileira de Biogás (ABiogás) vai levar para o seminário sobre Gás Natural 2019, realizado pela Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) nos dias 14 e 15 de agosto, no Rio de Janeiro.
 
Para o presidente da ABiogás, Alessandro Gadermann, o biogás se consolida como complementar ao gás natural, com enorme potencial de crescimento em áreas onde não há infraestrutura de gasoduto. O biogás apresenta as mesmas características físico-químicas do gás natural, podendo ser adicionado nas redes das concessionárias de energia e nos postos de abastecimento de GNV.
 
Segundo Gadermann, o lançamento do Novo Mercado de Gás pelo governo federal, que prevê a quebra do monopólio no transporte e distribuição do gás natural, abre uma janela de oportunidades para novos empreendimentos de biogás, principalmente no interior do País. “Nossa missão será levar o gás para onde o gás natural não chega”, afirmou. A entidade prevê investimentos em torno de R$ 50 bilhões e crescimento de cerca de 90% na produção, que deve chegar a mais de 30 milhões de metros cúbicos/dia até 2030.
 
De acordo com as projeções da ABiogás, o Brasil tem o maior potencial de produção de biogás do mundo, nosso pré-sal do campo, equivalente a uma vez e meia todo o consumo de gás natural do País. Produzido a partir da decomposição anaeróbica de resíduos orgânicos, o biogás usa como matéria-prima insumos do setor sucroenergético, da agroindústria e do saneamento. “Se utilizássemos todo o nosso potencial, o País estaria produzindo 84 bilhões de metros cúbicos/ano de biogás, o que seria suficiente para suprir 40% da demanda de energia elétrica e 70% do consumo de diesel nacional”, afirma Gadermann.
 
Para ele, é de suma importância destacar o papel do biogás neste que é considerado um dos mais relevantes fóruns sobre os temas prioritários na agenda do setor de gás natural no Brasil. “O biogás passa por um momento extremamente promissor. Além das oportunidades que vislumbramos com a nova política do gás, também temos programas específicos que vão alavancar a produção, como o Renvoabio, que passa a vigorar no começo do próximo ano”, destacou.
 
Instituída pela lei 13.573/2017, a nova Política Nacional de Biocombustíveis, chamada Renovabio, tem o objetivo de expandir a produção de biocombustíveis no país, oferecendo créditos de incentivo para as usinas que produzem combustíveis limpos como etanol, biodiesel e biogás. Ainda pouco utilizado no Brasil, o biometano começa a se consolidar como uma alternativa ao diesel, mais econômico e menos poluente, na mobilidade urbana e transporte de carga. “O biometano oferece 90% menos emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa na atmosfera”, ressalta Gadermann.