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Campanha

Energia a preço justo

Fiesp lança hoje (15) campanha "Energia a preço justo". Anúncios nos principais jornais e o lançamento de site para coleta de assinaturas marcam o início da mobilização nacional.

Energia a preço justo

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp está lançando a campanha “ENERGIA A PREÇO JUSTO”, com o objetivo de mobilizar a população na luta contra a renovação sem licitação das concessões das empresas de energia elétrica vencidas. A campanha quer fazer cumprir a Constituição, exigindo que sejam realizados os leilões para a renovação dos contratos, medida que, além de ser uma exigência constitucional, permitirá uma significativa redução das tarifas de energia elétrica no País.

Estudo da entidade aponta que, com a realização de novos leilões para os contratos que vencerão a partir de 2015, a economia para os consumidores poderá chegar a R$ 918 bilhões em 30 anos, ou R$ 30 bilhões por ano. Com esse dinheiro, seria possível a manutenção de mais dois programas sociais do tamanho do Bolsa Família. “Reduzir o preço da energia permitirá que as famílias economizem na conta de luz, que os produtos fiquem mais baratos, que as pessoas comprem mais. Isso movimenta toda a economia e gera empregos”, afirma Paulo Skaf, presidente da Fiesp.

Com a campanha, de alcance nacional, a Fiesp cobra do governo o respeito à lei que determina a realização de leilões pelo critério de menor tarifa para novos períodos de concessão de linhas de transmissão, da distribuição e de operação de 112 usinas hidrelétricas brasileiras. A campanha divulga amplamente o problema e esclarece a população sobre a necessidade dos leilões e os benefícios do cumprimento da legislação vigente. No site www.energiaaprecojusto.com.br a população pode se ter acesso ao estudo, se informar sobre todas as implicações do problema e aderir ao abaixo-assinado que está sendo lançado nesta segunda-feira, dia 15, exigindo o cumprimento da lei.

No Brasil, 77% de toda a energia produzida é de origem hidrelétrica, a fonte mais barata que existe. Mas a construção das usinas e sisttemas de transmissão e distribuição é um investimento bilionário. Para viabilizar essa construção, o governo faz contratos de concessão com empresas e o investimento é recuperado pela cobrança de um valor adicional nas contas de luz. Portanto, quem paga pela construção do sistema elétrico é o consumidor. As contas são mais altas no período de amortização do investimento das concessionárias, mas tem de baixar depois de 35 anos, limite máximo permitido pela lei para a recuperação do investimento.

Encontro Internacional
Os principais temas que estão em evidência no setor energético e sua relação com a competitividade brasileira também estão na pauta do 12º. Encontro Internacional de Energia que a Fiesp promove nesta segunda e terça-feira. Paralelamente, o Comitê Brasileiro da Comissão de Integração Energética (Bracier) promove o 2º. Seminário Internacional de Interconexões, sobre integração energética na América Latina.

O evento reúne consumidores, empresários, governos, prestadores de serviços, investidores e fornecedores de energia elétrica, gás natural e outras fontes de energia. A proposta do fórum é estabelecer um ambiente de negócios que possibilite a aproximação entre provedores e potenciais clientes, além de apresentar as tendências do mercado brasileiro e internacional do setor.

O vice-secretário de Energia dos Estados Unidos, Daniel Poneman, participa do primeiro dia do encontro falando sobre a cooperação Brasil-Estados Unidos em energia. Além dele, representantes do governo e de empresas brasileiras também estarão presentes, como Ministério de Minas e Energia, Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Itaú, Petrobras, BNDES, Comissão Nacional de Energia Nuclear, BTG Pactual, Tractebel, entre outros.

Dentre os principais temas, destaque para o vencimento das concessões do setor elétrico; planejamento energético; oportunidades do setor; novos rumos da energia nuclear; mercado livre de energia; revisão tarifária; lei do gás; geração eólica; novas tecnologias para produção de energias limpas; biocombustíveis e energias renováveis.