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Energias renováveis

São Paulo terá o primeiro Arranjo Produtivo Local do Brasil

Incluindo fonte eólica e solar, a iniciativa pretende dobrar a produção e geração de empregos em um prazo de 10 anos

São Paulo terá o primeiro Arranjo Produtivo Local do Brasil

O interior de São Paulo terá terá o primeiro Arranjo Produtivo Local do Brasil. O lançamento aconteceu no último mês, na sede do Ciesp de Sorocaba. O Arranjo Produtivo Local (APL) é voltado para as energias eólica e solar. A formalização deve acontecer em agosto com a constituição da instituição privada.

O objetivo desse novo APL é reunir as empresas de Sorocaba no setor de renováveis e reforçar a articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, como governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.

Sorocaba é um dos principais polos de empresas multinacionais voltadas para os setores de energia eólica e solar, além de toda uma cadeia produtiva de componentes.

Cerca de 25 empresas da cidade irão fazer parte do APL, entre elas estão a Canadian, uma das maiores do mundo na produção de painéis fotovoltaicos, a Wobben Windpower, que produz componentes e aerogeradores, e a Tecsis fabricante de pás eólicas, ambas do setor de energia eólica, como também a Prysmian que produz cabos e ABB fabricante de componentes e sistemas.

A cidade de Sorocaba conta atualmente com 98 instalações que produzem energia solar com potência de 482 quilowatts (kW).

A primeira reunião do grupo multisetorial para incentivar as energias renováveis aconteceu em abril de 2016 na sede da Investe São Paulo, quando o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles, e o deputado federal, Vitor Lippi, reuniram as principais empresas e instituições da região. Um mês depois aconteceu a primeira reunião de trabalho do grupo na sede da empresa Flex, em Sorocaba. O grupo de trabalho para a criação do APL já realizou 22 reuniões.

Incentivo ao setor

Em agosto de 2015, o Governo de São Paulo publicou dois decretos que incentivam a produção de energia elétrica por micro e minigeradores e de peças para os setores de energia solar e eólica.

O decreto nº 61.439/2015 concede isenção de ICMS sobre a energia elétrica fornecida para microgeradores e minigeradores na quantidade correspondente à energia elétrica injetada na rede de distribuição. Já o decreto nº 61.440/2015, concede isenção de ICMS para a produção de equipamentos destinados a geração de energia eólica e solarimétrica. A medida isenta o ICMS das partes e peças de aerogeradores, geradores fotovoltaicos e torres para suporte de energia eólica.

Também estão contemplados pela medida os conversores de frequência de 1.600 kVA e 620 volts; fio retangular de cobre esmaltado de 10 por 3,55 milímetros e barra de cobre 9,4 por 3,5 milímetros.

Energia solar em São Paulo

São Paulo vem ampliando sua importância na geração de energia fotovoltaica. A capacidade instalada de energia solar no Estado é de aproximadamente 60 MW.

A primeira usina do Estado é a de Tanquinho, no município de Campinas, com potência de 1.082 KWp e capacidade de gerar 1,6 GWh por ano. Essa energia é suficiente para suprir cerca de 1.300 residências com consumo de 100 KWh/mês cada. Existem ainda outros empreendimentos cadastrados no Estado com destaque para as instalações na Cidade Universitária e no Parque Villa-Lobos, ambos na capital.

Estão conectados também ao sistema em São Paulo, cerca de 6 mil empreendimentos de micro e mini geração distribuída com potência instalada de mais de 37 MW.