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Mercado

Santander cria comercializadora de energia no Brasil

A instituição espera conseguir, até meados de novembro, as autorizações necessárias para começar a operar

Santander cria comercializadora de energia no Brasil

O banco Santander anunciou nesta terça-feira (2) a criação de uma comercializadora para atuar mais ativamente no mercado livre de energia elétrica no Brasil. O Santander é o primeiro banco de varejo a entrar nesse mercado, que já conta com instituições financeiras com perfil de investimento como o BTG Pactual.

De acordo com Rafael Thomaz, head office da Comercializadora Santander, o banco está entrando nesse negócio para oferecer algo novo ao mercado livre. A instituição espera conseguir, até meados de novembro, as autorizações necessárias para começar a operar. “Dado a característica de banco de varejo, a gente deve ter um foco nos clientes, seja do ponto de vista de geração como de consumidores finais”, disse o executivo em evento em São Paulo.

Thomas informou que a estratégia do banco não é se limitar a operar na compra de venda de energia elétrica. O banco quer tomar risco e ofertar produtos estruturados para empresas que não conseguem recursos para financiar seus projetos no mercado livre. “Queremos trazer essa expertise para dentro do banco para poder precificar melhor não só os produtos financeiros que já ofertamos, mas outros que venham a surgir”, comentou.

“O negócio que estamos criando vai nessa linha e ao longo dos próximos anos a gente vai ajudar a desenvolver esse mercado, passando por outras áreas como o comercializador varejista (tem um desafio de crédito, mas diria que temos uma vantagem competitiva), e o mercado de gestão, que acho que é um mercado pouco explorado”, completou.

Para Elbia Gannoum, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o mercado brasileiro de energia está se sofisticando. Parte desse desenvolvimento é resultado da busca por alternativas para dar continuidade a expansão da oferta de energia no país, uma vez que a crise econômica provocou uma redução da demanda no mercado regulado. “O fato de termos tido uma redução forte na demanda do ACR estimulou o desenvolvimento do ACL. Se tivéssemos em uma situação confortável de 2 GW contratados por ano não teríamos essa evolução que estamos tendo hoje”, reconhece a executiva.