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Aneel

Minas Gerais lidera instalações de sistemas fotovoltaicos

Segundo Aneel, conexões com micro e minigeradores cresceu cerca de 340% em 2016

Já pensou em produzir sua própria energia elétrica? Pois saiba que essa prática vem sendo adotada por muita gente em todo o país, especialmente, na região Sudeste. De acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de 2015 para 2016, o número de conexões de micro e minigeração de energia teve um crescimento de aproximadamente 340%. Em setembro do ano passado, eram 1.148 conexões registradas em todo o país, enquanto, até agosto deste ano, foram registradas 5.040 ligações. Minas Gerais é o estado com maior número de micro e minigeradores, alcançando 1.226 conexões, quase o dobro do segundo colocado, São Paulo, que conta com 711.

De acordo com Herbert Abreu, consultor do Grupo Loja Elétrica, tais conexões correspondem a sistemas fotovoltaicos, utilizados para converter a energia da luz do Sol em energia elétrica. Essa tecnologia permite ao consumidor produzir a própria energia e conectá-la à rede de alguma fornecedora, por exemplo, a Cemig. Com isso, pode até obter créditos na conta de luz, caso produza mais do que consuma.

O sistema é composto por placas solares, que se assemelham às placas de aquecimento de água. Porém, em vez de esquentar água, elas vão produzir energia que poderá ser consumida normalmente. “Não há diferença entre a energia produzida pelo sol ou a recebida da concessionária. E não há nenhum risco em seu uso, desde que instalada por profissionais qualificados”, garante Abreu.

Antes da instalação, a concessionária de energia troca o medidor tradicional por um bidirecional. Dessa forma, caso a energia produzida não seja toda consumida, ela entra como crédito na conta de luz e o valor da conta pode cair até que o consumidor pague só a taxa mínima obrigatória.

Após a instalação, a concessionária de energia deve ser comunicada para que vá até o local e efetue a troca do medidor tradicional por um bidirecional. Depois disso, a própria concessionária realiza a ativação do sistema.

Caso a quantidade de energia gerada em determinado mês seja superior à energia consumida, o titular da conta recebe créditos que podem ser utilizados para diminuir a fatura dos meses seguintes. Esses créditos têm validade de 60 meses, e podem ser aproveitados também em outros endereços registrados pelo mesmo titular, desde que se encontrem na área de atendimento de uma mesma distribuidora.

“A usina fotovoltaica mantém uma produção de energia por, no mínimo, 25 anos desde sua instalação. O tempo de retorno do investimento começa a partir do sétimo ano, porque, de acordo com a tarifa economizada, o valor do investimento terá sido pago e a economia então começa”, explica Abreu. O sistema ainda tem o benefício de, quando instalado por um profissional qualificado, ter uma manutenção bem simples, que é praticamente, a limpeza das placas.