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Tecnologia

Jovem brasileiro cria máquina de tratamento de água movida a energia solar

Ygor Requenha Romano tem apenas 18 anos e é estudante de uma escola pública de Rondônia

Jovem brasileiro cria máquina de tratamento de água movida a energia solar

Foto: Reprodução/GalileuImagine uma máquina de tratamento de água que funcione com energia solar, não precise de manutenção e custe apenas R$ 1 mil. Parece uma ideia utópica? Para o jovem Ygor Requenha Romano, que tem somente dezoito anos, esse plano não pareceu assim tão impossível, tanto é que ele é o inventor deste aparelho.

O garoto é estudante de uma escola pública de Rondônia e único criador da máquina, que pode atender uma comunidade de até 50 pessoas e foi pensada para ser um alívio para moradores de áreas que não têm água encanada, sobretudo para as populações de regiões ribeirinhas da Região Norte do Brasil.

De acordo com o inventor, o protótipo faz tratamento físico, químico e microbiológico, além de retirar metais pesados da água, usando apenas energia solar.

“Eu espero fazer através da ciência algo que ultrapasse minha capacidade física de ajudar alguém. Um mundo melhor só vai existir quando as pessoas fizerem algo melhor por outras pessoas”, disse Romano, em entrevista ao site G1.

O equipamento criado pelo jovem é tão inovador que foi premiado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia da Universidade de São Paulo (Febrace) e foi apresentado na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel ISEF), um dos principais eventos do mundo para invenções de estudantes pré-universitários. Lá, o projeto recebeu a terceira colocação na categoria Engenharia Ambiental e um prêmio de US$ 1000. 

A inspiração para criar a máquina veio da própria experiência de Romano. Mostrando que, além de inventor, é um bom pesquisador, ele cita que 94% das pessoas da região em que mora não têm acesso a esgoto e água tratada, sendo recorrente a instalação de poços artesianos, que podem chegar a custar R$ 10 mil.

Humildemente, Romano divide as glórias de ter criado a máquina com o zelador de sua escola, que cedeu a serralheria que tem em casa para que o jovem trabalhasse insistentemente em sua invenção, chegando a trabalhar até doze horas por dia, frequentemente. “Ele [o zelador] já tinha passado por situações precárias durante a infância, por conta da falta de água. Acho que foi isso que o estimulou para que me ajudasse tanto. Ele é um engenheiro nato, tem brilho nos olhos, aprendi como ser um ser humano bom com ele”, conta o garoto.

Além de dizer que está muito feliz por representar o Brasil na feira que acontecerá nos Estados Unidos, Romano diz que planeja dar sequência aos estudos cursando Engenharia Física na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) ou na Universidade Harvard.