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Bioenergia

Itaipu abastece Refúgio Biológico com energia e projeta economia de R$ 420 mil por ano

Recordista mundial de produção de energia limpa e renovável, binacional está intensificando as ações para reduzir a conta de luz dos próprios prédios

Desde o último dia 10, toda a energia elétrica consumida dentro do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), em Foz do Iguaçu (PR), passou a ser fornecida diretamente pela usina hidrelétrica de Itaipu. Antes, o abastecimento era feito pela Copel, a distribuidora de energia do Estado do Paraná.

Com a conexão do refúgio à rede da usina, somente o Centro Executivo, na Vila A, permanece abastecido com energia da Copel na cidade. Todos os demais prédios da empresa recebem energia da própria Itaipu, inclusive o Ecomuseu, na Avenida Tancredo Neves.

No Centro Executivo, porém, outras ações já foram tomadas para reduzir o valor da conta de luz, como a adoção de lâmpadas de LED com sensores de presença e a instalação de painéis fotovoltaicos.

A mudança no Refúgio Biológico irá acarretar uma economia de aproximadamente R$ 420 mil ao ano para Itaipu, que é a responsável pela unidade de conservação. A última conta de energia do RBV lançada pela distribuidora, referente ao mês de setembro, foi de R$ 24,5 mil – valor que tenderia a crescer com a elevação das temperaturas, típicas de fim de ano.

Além dos prédios de recepção do RBV, auditório e Hospital Veterinário, a Itaipu passou a alimentar o Portinho, o Viveiro de Mudas, o Biotério, o Quarentenário, o Ervanário, a Nutrição e todos os sistemas de recirculação de água dos recintos dos animais.

O engenheiro Alan Jones, da Divisão de Serviços de Itaipu e um dos responsáveis pelo trabalho, explicou que o consumo de energia no Refúgio Biológico é de aproximadamente 50,3 MWh/mês, o equivalente a 302 consumidores residenciais.

Em outras palavras, o que o RBV consome em um dia é suficiente para alimentar dez casas por um mês, tomando como referência a média de um consumidor residencial brasileiro (EPE, 2015).

Para viabilizar o sistema, foi utilizada uma rede de cabos subterrânea de aproximadamente seis quilômetros, desde a central de distribuição próxima aos bombeiros, na área industrial da usina, até a subestação principal do RBV.

“Todos os cuidados foram tomados para que esta manobra tivesse o menor impacto possível sobre o refúgio. Inclusive a data para o desligamento foi programada para um dia em que não há visitação”, afirmou Alan Jones.

Energia solar

No Centro Executivo, a instalação de painéis fotovoltaicos no teto do estacionamento, desde abril, para produção de energia elétrica, já gerou uma economia de quase R$ 8,5 mil para a empresa.

O sistema conta com 78 painéis, dois inversores e capacidade instalada de 21,5 kWp, o suficiente para abastecer 6,6% do consumo do prédio.

Até o final do ano, esse índice deve subir para cerca de 10%, com a ampliação da potência instalada para 30,8 kWp.