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Infraestrutura

Ecoperativa investe em usina de energia a partir de biomassa

A instalação industrial, localizada no município de Fazenda Rio Grande, em Curitiba, deve ser inaugurada em março de 2019

Ecoperativa investe em usina de energia a partir de biomassa

A Ecoperativa está investindo R$ 7 milhões na construção de usina termoelétrica à base de biomassa, com capacidade para produzir 1 Megawatt (MW) de energia elétrica. A instalação industrial, localizada no município de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, deve ser inaugurada em março de 2019. Segundo a cooperativa, o foco é a distribuição para cooperados residenciais e de pequenos e médios estabelecimentos comerciais, oferecendo energia a um preço 30% abaixo da tarifa base da energia elétrica. “O insumo utilizado será o resíduo de madeira, principalmente os restos de podas de árvores em parques de Curitiba e região. A expectativa, após a inauguração da usina, é fornecer eletricidade para mais de 3 mil cooperados”, afirmou o diretor da Ecoperativa, Julio Cesar Giovannetti Netto.  

Representantes da cooperativa visitaram, na manhã desta terça-feira (24), a sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. O grupo foi recebido pelo presidente José Roberto Ricken, e pelo gerente técnico Flavio Turra, que fez uma explanação sobre o trabalho e a estrutura da organização. A Ecoperativa tem por objetivo promover a formação de cooperativas para atuar na produção de energia por meio de fontes renováveis. A Cooperativa de Energia Paraná 1 (CEPR1) foi a primeira a ser criada a partir de projeto da Ecoperativa. Compuseram o grupo de visitantes, o diretor da Ecoperativa, Julio Cesar Giovannetti Netto, o presidente e o vice-presidente da CEPR1, respectivamente, Paulo Rabelo e Ismenio Castro Braga Junior.

Os representantes da Ecoperativa e da Paraná 1 vieram conhecer mais detalhes sobre o trabalho do Sistema Ocepar, com o objetivo de obter orientação técnica sobre a elaboração de estatutos, apoio em negociações para financiamento via BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e na divulgação dos diferenciais da cooperativa. “O grande público ainda desconhece a possibilidade de produzir energia elétrica não só de forma individual, mas compartilhada, que gera uma economia bastante relevante. Qualquer pessoa pode tornar-se cooperado”, explica Netto. “Temos um software de modelo de otimização, onde é analisada a conta de cada um dos futuros cooperados, indicando qual é a melhor relação custo/benefício e a quantidade de energia necessária para atendê-lo com o maior desconto possível em sua conta”, relata.

Segundo Netto, a Ecoperativa se viabilizou graças a recentes mudanças em resoluções da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que permitem que pessoas físicas e jurídicas gerem sua própria energia, desde que provenientes de fontes renováveis (resoluções 482/12 e 687/16). “O desafio é efetivar um processo de cultura na população, tanto residencial quanto no pequeno comércio, para que eles possam ter ciência de que é possível fazer economia de energia, gerando energia de forma limpa, por meio de cooperativas, de forma rápida, rentável e segura. Estamos construindo um novo nicho de mercado”, ressaltou.