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Mobilidade

CPFL Energia prevê 80 mil eletropostos em 2030 para acompanhar expansão de veículos elétricos no Brasil

Estimativa leva em conta pontos de recarga necessários para atender vendas anuais de veículos elétricos superiores a 250 mil unidades

CPFL Energia prevê 80 mil eletropostos em 2030 para acompanhar expansão de veículos elétricos no Brasil

A CPFL Energia, um dos maiores grupos privados do setor elétrico brasileiro, estima que o Brasil precisará de 80 mil eletropostos públicos até 2030 para acompanhar o ritmo de crescimento do mercado de veículos elétricos nacional. A estimativa é uma das principais conclusões do projeto de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) Emotive, que analisou durante cinco anos o impacto da mobilidade elétrica para o setor elétrico brasileiro.

Neste cenário de 80 mil eletropostos, a frota de carros elétricos puros e híbridos plug-in no Brasil deve alcançar 2 milhões de unidades em circulação. Neste sentido, o desenvolvimento de um mercado de recarga pública, combinando eletropostos semi-rápidos e rápidos, é um dos principais desafios para a expansão da mobilidade elétrica no Brasil.

Para endereçar o tema e estimular o mercado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a regulamentação, em junho deste ano, para a infraestrutura de recarga para veículos elétricos. Pelas regras definidas pelo regulador, qualquer empresa, seja do setor elétrico ou não, para investir na instalação de eletropostos. A decisão elimina incertezas regulatórias sobre o tema, incentivando investimentos futuros no mercado.

Com o modelo regulamentado pela Aneel, como qualquer empresa poderá instalar um posto de recarga em uma rodovia ou em um estabelecimento comercial, a expectativa é que as perspectivas de expansão da mobilidade elétrica no Brasil atraiam novos players, viabilizando um mercado competitivo no futuro.

“A regulamentação estabelecida pela Aneel, para a expansão da infraestrutura de recarga, a qual possibilita que qualquer agente invista na instalação e operação de eletropostos, é a mais adequada para incentivar a expansão da mobilidade elétrica no País”, diz o diretor de Inovação e Estratégia da CPFL Energia, Rafael Lazzaretti.

As conclusões do projeto Emotive mostraram que a mobilidade elétrica tem grande potencial para formar uma nova cadeia de valor no País. Com a expansão da mobilidade elétrica, novos negócios poderão ser desenvolvidos para atender à demanda dos consumidores, tais como a operação de eletropostos, compartilhamento de veículos (car sharing), táxis elétricos, second life para baterias (reutilização), utilizar veículo como fonte de geração distribuída, seguros para veículos elétricos, entre outros produtos e serviços.

Projeto Emotive

Para desenvolver os seus estudos sobre mobilidade elétrica, a CPFL Energia investiu R$ 17 milhões na construção de um laboratório real sobre a tecnologia. Ao todo, foram instalados 25 eletropostos, sendo oito em locais públicos em Campinas (SP), dois nas Rodovias Anhanguera e Bandeiras, na altura de Jundiaí (SP), e 15 em locais privados para avaliação de diferentes perfis de uso. Com isso, foi consolidado entre Campinas/Jundiaí/São Paulo o primeiro corredor intermunicipal para esses veículos no Brasil, com pontos de recarregamento públicos em ambos os sentidos (Capital – Interior).

Além dos eletropostos, a CPFL Energia colocou em circulação 14 veículos elétricos de diferentes marcas, tecnologias e autonomia. Parte deles foram disponibilizados para parceiros do Grupo, tais como Natura, 3M, Instituto CCR, Unicamp, Bosch e Sanasa Campinas, com os propósitos de testar a tecnologia em condições reais e difundir o tema da mobilidade elétrica pela sociedade. A iniciativa contou com a participação da Unicamp, do CPqD e da Daimon, responsáveis pelos estudos do projeto.

O projeto permitiu a coleta de dados reais sobre as diversas aplicações e implicações da tecnologia, possibilitando o estudo e o aprofundamento dos impactos reais dos veículos elétricos para o setor. Entre os temas avaliados no projeto Emotive estão o impacto na rede elétrica e no planejamento da expansão do sistema, o uso dos VEs como fonte de geração distribuída, os aprimoramentos regulatórios e legais, o ciclo de vida e reaproveitamento das baterias, o estudo de tarifas e cobrança, a proposição de um modelo de negócios para a mobilidade elétrica no Brasil, entre outros temas.

“O projeto Emotive foi pioneiro no estudo dos impactos dos veículos elétricos para o setor elétrico brasileiro. A partir dele, a CPFL Energia está preparada para atuar neste novo negócio, que surge no momento em que a tecnologia se tornar uma realidade no País”, finaliza Lazzaretti. Mais resultados do Projeto Emotive, que teve início em 2013 e foi concluído em junho de 2018, podem ser conferidos clicando aqui.