Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Tecnologia

Como a Era do Gás 3.0 revolucionará o consumo no Brasil?

Perante os outros gases, o 3.0 é ecologicamente mais eficaz, pois permite a extração e uso em localidades aonde não era possível por uma questão de logística

Como a Era do Gás 3.0 revolucionará o consumo no Brasil?

A inovação que a indústria 4.0 passa neste momento chega também ao mercado de gás. A Era 3.0 do Gás, desenvolvida pela Galileo Technologies, pretende revolucionar extração e transporte do gás natural e biometano, expandindo a disponibilidade de uma forma sustentável. Com isso, é possível monetizar o gás em lugares que hoje estão fora do sistema.

A Companhia de Transporte de Gás (CTG) traz da Argentina para o Brasil a inovação da nova Era do Gás. O país já contava com o Gás 1.0, sendo ele o gás natural transportado por tubulações ponto a ponto, de grandes jazidas para grandes centros comerciais. O Gás 2.0, com alternativas de transporte e agora o Gás 3.0, através do Gasoduto Virtual, que pretende envolver e complementar o modelo rígido de transporte ponto a ponto com um modelo de redes virtuais.

De acordo com Horácio Andres, CEO da CTG, “o Gasoduto Virtual é um modelo alternativo e extremamente flexível, pois pode levar o gás para um centro de consumo, por vias rodoviárias, sem a necessidade de um gasoduto tradicional”. Segundo ele, uma das maneiras de fazer o transporte do Gás 3.0 é a compressão, denominada Gás Natural Comprimido (GNC). “É através desta tecnologia que o transporte é viabilizado do ponto de vista financeiro”, afirma.

Perante os outros gases, o 3.0 é ecologicamente mais eficaz, pois permite a extração e uso em localidades aonde não era possível por uma questão de logística. Como exemplo, podemos citar um poço de petróleo no recôncavo baiano. Por ser muito distante dos centros de consumo, até então o transporte do gás que era extraído junto com o petróleo não tinha viabilidade econômica.

Com a Era 3.0, o gás é comprimido e o volume por caminhão multiplicado. Assim, o custo por quilômetro rodado é reduzido e a operação viabilizada. Por exemplo, uma cidade do interior da Bahia, com 100 mil habitantes, pode ter uma central de distribuição abastecida por estes caminhões e através de pequenas tubulações ser distribuído para a população e empresas. “A Era 3.0 permite a utilização do gás em localidades inviáveis economicamente para a construção de um gasoduto tradicional. Teremos um forte crescimento do consumo nos próximos 10 anos”, acredita Andres.