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Tecnologia

Cidade de Lins terá usina de energia solar

Parceria da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação com três grupos privados vai possibilitar produzir energia fotovoltaica para campus

A Fundação Paulista de Tecnologia e Educação firmou uma parceria com três grupos privados para produzir energia solar fotovoltaica no campus de Lins (102 quilômetros de Bauru). O sistema é composto por 1.700 módulos fotovoltaicos de 330w cada que serão instalados numa área de 5.000 m2 e terá potência de 554.400 kwp com geração média de 80.000 kwh/mês, o suficiente para atender a demanda de 510 residências. Das plantas solares instaladas em universidades, ela será a maior do País. No Estado de São Paulo, ela continua em primeiro. Em segundo, no ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Anel) está a USP.  

Se tomarmos como base o Estado de São Paulo, de maneira global, a geração de energia solar de Lins só perde para a Companhia Paulista de Força e Luz de Campinas que produz um megawatts. “Em termos globais ficamos em segundo lugar. A planta é projetada para uma economia de 5% na conta final da universidade. O projeto está na fase de instalação e deverá entrar em operação em agosto deste ano,” explica o coordenador do projeto, professor Breno Ortega Fernandez.

O atual momento energético do País exige que as instituições busquem soluções alternativas, diz o presidente da Fundação, professor Luis Fernando Léo. “Nesse projeto, a energia gerada atenderá a demanda da instituição durante o dia, período no qual há geração, e se houver excesso de produção será entregue à CPFL e contabilizado como crédito para consumo noturno”.

O valor do investimento não foi revelado pelos investidores. Sabe-se apenas que a Fundação irá pagar em 20 anos, segundo o professor Fernandez. “Esse é o nosso prazo. Depois de 20 anos a usina passa a ser só nossa. O equipamento é projetado para 30 anos. Depois de pago, temos 10 anos de aproveitamento da planta sem precisar fazer manutenção. O investimento foi feito por um grupo estrangeiro.”

O projeto surgiu em uma disciplina da universidade chamada projetos integrados e inclui alunos de engenharia elétrica e automação. “Nessa disciplina, os alunos propõem negócios. Um dos negócios apresentados foi instalar uma usina de energia solar em nosso campus. No instante que o projeto foi apresentado em 2013, o negócio não era rentável. Não fechava, mas, em 2015 quando conhecemos os parceiros, eles resolveram a equação financeira que não se resolvia,” ressalta o coordenador.

O local escolhido fica dentro do campus, explica o professor. “Temos uma região aqui no campus que não tinha construção. Não tinha nada, próximo ao setor esportivo, ao campo de futebol, onde as placas ficarão expostas. Elas têm uma inclinação correta para captar maior parte da energia solar. Ficam voltadas para o norte para aproveitar melhor o sol.”

Os painéis de captação de energia solar formam uma espécie de fazenda. “Temos uma área de 110 mil metros. Os painéis ocupam uma área grande, aproximadamente três mil metros quadrados.”