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Biomassa

Casca de arroz vira eletricidade no Sul

Usina de biomassa terá R$ 35 milhões do BNDES  

Casca de arroz vira eletricidade no Sul

O arroz nosso de cada dia não vai mais fazer parte apenas do cardápio. Está crescendo o uso da casca do grão como combustível para usinas termelétricas (UTE) de biomassa, sobretudo no Rio Grande do Sul, um dos principais produtores do insumo no país.

De meados dos anos 1990 para cá, já são 12 usinas gerando energia a partir da queima da casca de arroz dentre as 2.924 UTEs em operação no país, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Atualmente, há 31 termelétricas sendo construídas no país, incluindo a Usina de São Sepé, no município gaúcho de mesmo nome, alimentada pela casca de um dos mais comuns alimentos à mesa do brasileiro. Além de gerar energia renovável, as usinas de biomassa que usam a casca de arroz como combustível ajudam a dar destino ao resíduo da produção do grão.

A UTE de São Sepé, projeto de R$ 48,6 milhões, teve o financiamento de R$ 35,3 milhões aprovado pelo BNDES. O projeto terá potência instalada de 8 megawatts (MW), o suficiente para abastecer perto de 31 mil domicílios, ou de cem mil a 120 mil pessoas.

‘São Sepé tem cerca de 24 mil habitantes, então a usina seria capaz de atender a toda a cidade com folga. Vamos comprar 70 mil toneladas de casca de arroz por ano de arrozeiras (empresas que beneficiam arroz) da região”, explica João Alderi do Prado, presidente da Creral Cooperativa de Geração de Energia e Desenvolvimento, à frente do projeto.

A energia de São Sepé foi vendida no 22º leilão de energia nova, em agosto de 2015. As obras, iniciadas em 2016, devem terminar em janeiro.