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Fiscalização

Agricultura e pecuária correspondem a 15% do total de trabalho escravo no Brasil

No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo Minas Gerais lidera o número de trabalhadores resgatados, com 432 vítimas (43%).

Agricultura e pecuária correspondem a 15% do total de trabalho escravo no Brasil

Hoje, 28 de janeiro, é o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. A data presta homenagem aos funcionários do Ministério do Trabalho e Previdência Social mortos em serviço durante uma ação de fiscalização em 2004, em Unaí (MG), e alerta para a contínua necessidade de combate à escravidão moderna. Vários atos ocorrem em atividades realizadas pelas superintendências do MTPS e órgãos parceiros que buscam chamar atenção e mobilizar a sociedade por avanços na erradicação do trabalho escravo contemporâneo.

Segundo a Revista Brasileiros, com 148 trabalhadores resgatados em operações de trabalho escravo, Minas Gerais ocupa o primeiro lugar entre os estados brasileiros que mais flagraram situações de trabalho análogas à escravidão durante 2015. O balanço foi apresentado na noite desta segunda (25/01), em Fortaleza, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Em segundo lugar está o Maranhão (107), seguido por Rio de Janeiro (73) e Ceará. No Ceará, a maioria dos trabalhadores estava em atividades rurais. A agricultura e a pecuária, aparecem com 15,18% e 14,29% do número de trabalhadores identificados em condições análogas a de escravo.

Um total de 1.010 pessoas foram retiradas de condições análogas à escravidão em 2015, aponta balanço divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). O problema foi detectado em 90 dos 257 estabelecimentos fiscalizados. 

O MTPS destaca que, mantendo a tendência de 2014, a maioria das vítimas de trabalho escravo no Brasil foi localizada em áreas urbanas, que concentraram 61% dos casos (607 trabalhadores em 85 ações). Nas 55 operações realizadas na área rural, 403 pessoas foram identificadas.

Atividades

A extração de minérios concentrou 31,05% dos trabalhadores alcançados no ano, com 313 vítimas trabalhando na extração e britamento de pedras, extração de minério de ferro e extração de minérios de metais preciosos. O ramo da construção civil representa 18,55% do total (187 trabalhadores localizados). A agricultura e a pecuária, atividades com histórico de resgate, aparecem em seguida, com 15,18% e 14,29% do número de trabalhadores identificados em condições análogas a de escravo.

O Estado de Minas Gerais liderou o número de trabalhadores resgatados, com 432 vítimas (43%). Em seguida estão o Maranhão com 107 resgates (11%), Rio de Janeiro com 87 (9%), Ceará com 70 resgates (7%) e São Paulo com 66 vítimas (6%).